sábado, 26 de novembro de 2011

Metade do empréstimo da "Troika" são juros para pagar!...

Numa era em que a informação é global, vai-se tornando progressivamente mais difícil encobrir os esquemas da "corporação global" que criminosamente se apoderou do trabalho dos outros, que criminosamente se apoderou do futuro da humanidade.
Se pensássemos em termos de máquinas térmicas, já que a palavra "trabalho" tem um significado muito específico em engenharia e ciência, é de esperar que "os agentes de transformação", isto é, o trabalhador no  espaço da sociedade e a água numa locomotiva a vapor, tenderão a explodir, pois que de modo artificial e brutal se impede que grandezas fundamentais, tais como energia (a que está associada a capacidade de realizar trabalho) e entropia (associada à organização de um sistema), sigam as leis da natureza.
A revolta dos escravos. Im. credit: percaritatem.com



Agora começam a chegar os arautos da liberdade, Mário Soares e outros, clamando a defesa da liberdade, quando há muito já deveriam ter intervido e batalhado por ela. Quando a humanidade recobrar forças e adquirir plena consciência do momento histórico gritante que todos atravessamos (com o Estado apoderado por corporações corruptas e pela banca gananciosa), então a história da humanidade retomará o seu curso normal.

Camponeses em revolta.

Agora chega esta notícia de que metade da dívida são juros...E os povos indefesos contra esta autêntica malfeitoria "legalizada" pela força bruta e pela ignorância.
Hoje surge a notícia que o Paulo Portas perdoa milhões de euros num negócio com a indústria provada num caso com contornos pouco claros, leia aqui.

Frente a esta série de roubos consecutivos a população entreolha-se com espanto. O que fazermos? Chegará o momento em que a humanidade revoltada irá repor a ordem. Com a globalização não chegou apenas o roubo e a corrupção. Chegou também a hora da humanidade recuperar a sua dignidade como um todo.

Cito aqui Albert Camus, na sua obra obrigatória nos tempos que correm, o Rebelde:
The rebel undoubtedly demands a certain degree of freedom for himself; but in no case, if he is consistent, does he demand the right to destroy the existence and the freedom of others. He humiliates no one. The freedom he claims, he claims for all; the freedom he refuses, he forbids everyone to enjoy. He is not only the slave against the master, but also man against the world of master and slave. Therefore, thanks to rebellion, there is something more in history than the relation between mastery and servitude. Unlimited power is not the only law. It is in the name of another value that the rebel affirms the impossibility of total freedom while he claims for himself the relative freedom necessary to recognize this impossibility.
The Rebel
Albert Camus


Albert Camus. Image credit: lifewastedchasingtrains.com

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