segunda-feira, 23 de julho de 2012

A máfia portuguesa é mais diabólica do que a siciliana!...

Falando há pouco com um colega meu siciliano, pelo Skype, tive ensejo de lhe dizer, de lhe confessar, que a máfia portuguesa é bem mais diabólica do que Siciliana. Mas contive-me, pelo amor que tenho pelos meus filhos e pela "pátria". A frieza nacional em matéria de esmagar o outro é atroz, é colectiva. Uma senhora outro dia me confessou ser genético, o que assusta.
Não tenham ilusões, caros concidadãos: nos povos do Sul não há calor humano, há muita conversa fiada (não é o mesmo), mas por detrás quase todos eles têm nas costas uma faca afiada pronta para vos degolar...Esta atitude é instigada pelos governantes, impunes, que nada fazem para alterar este estado de coisas. Este regime criou uma legião de gente sem carácter, pronta a perder a honra, pronta a corromper-se por uma bagatela qualquer. Essa legião, na verdade, quer este regime, este estado de coisas, esta podredidão, pois vivem na ilusão de que poderão beneficiar com ela...
Nem condições nos dão para trabalhar, e depois vêm falar de produtividade! Conversa fiada! Chamem o ladrão, chama o ladrão! Lá me vem à memória uma ideia batida, a do Chico Buarque...

Para quem tem dúvidas sugiro a leitura deste artigo do DN (aqui), ou que parta para o mundo à sua volta com o coração aberto e olhos para ver...

AZ

Será hoje Portugal uma nação perdida?...

Quem vai ao estrangeiro, visitar ou trabalhar num país desenvolvido, é confrontado com o fosso abissal que se cava entre nós e os povos mais desenvolvidos. Desenvolvidos, porque têm quem se preocupe com o destino comum.

Portugal é hoje um país visivelmente abandonado. Os campos estão abandonados, deixados por cultivar, sujos, plenos de matéria pronta a arder, e ardem. É previsível. Há conluios muito claros, conhecidos por quem lida com os incêndios e as florestas, basta falar seriamente com os bombeiros...

Nos ministérios sabe-se o que se passa: existem os funcionários que ali trabalham independentemente do partido eleito, que não mandam em nada, apenas cumprem as ordens. Acima deles, há os assessores, os secretários, os ministros, que vão e vêm Quando muda o partido no governo, sabe-se o que se passa. Os problemas que havia para tratar são esquecidos, os dossiers partem com quem parte, as salas ficam vazias, esperando o novo "chefe". Os funcionários quando questionados, ou quando lhes édito que tal projecto ou seja o que for, já foi entregue, atónitos ficam, apenas dizem que nada sabem de tal dossier, ou tal documento, ou tal projecto,...Nada fica nesses gabinetes. Tudo reparte a partir do zero!

Falando com quem sabe, compreende-se que a maioria é corrupta, apenas alguns permanecem fieis a princípios sólidos de cidadania, com carácter! O que mais este regime fez, foi destruir ainda mais o carácter das pessoas, e, sem ele, as pessoas são apenas isso, marionetes.

Que futuro pode ter um país assim?

Nenhum!

Não admira que estejamos nas mãos do FMI, da Alemanha, da China, enfim de todos aqueles que têm um mínimo de juízo e respeito pelo seu respectivo povo.

Onde estão os homens capazes de levantar esta nação?

Quem será capaz, alma incorruptível, de lutar pelo futuro dos seus filhos, pelos seus familiares e amigos, pela memória da sua história e dos seus avós?

Não sei, claro, nem ninguém, julgo eu. Daí o mito Sebastianista. Ai que mito! Para que nos serve?

Há que acabar de vez com este regime, com esta gente, pacificamente entenda-se, porque as "revoluções" são eles que a farão, seguramente, pois mesmopara fazer uma revolução com armas é preciso dinheiro, são "eles" que o têm, e "eles" certamente o farão quando compreenderem que terá chegado o momento de, mais uma vez, nos "iludirem" com a ideia de que somos "livres"...

AZ


domingo, 22 de julho de 2012

O Princípio da Honra, por Baptista Bastos

[Crónica de Baptista Bastos publicado no DN. Original aqui.AZ]

O PRINCIPIO DA HONRA
por Baptista Bastos
Portugal está, novamente, dividido entre "eles" e "nós." Como no tempo do fascismo nada temos a ver com decisões, não partilhamos o que nos impingem, desconhecemos o que engendram, ignoram-nos e desprezam-nos. Não há que escapar à expressão das palavras. A pátria transformou-se numa instância de encerramento para a maioria dos portugueses, e quem reina perverteu completamente a natureza do 25 de Abril. O poder do PSD-CDS não é um meio, mas um fim. Uma cegueira e uma surdez patológicas caracterizam este governo, cuja classe a que pertence já manifesta, ela própria, sinais de embaraço e de inquietação.
Demonstrações de protesto e de cólera acompanham os governantes, para onde quer que vão. O Presidente da República não escapa à ira. É refém da teia reticular com a qual se cumpliciou, esquecendo os compromissos de honra e a qualidade imparcial das funções que exerce. As vaias de que é objecto representam não só um ricochete pelas conivências em que se enredou, mas uma acusação reiterada às máscaras sob as quais se pretende ocultar.
O imbróglio do ministro Miguel Relvas, doutor em forma tentada, que alguns (entre eles o Marcelo Rebelo de Sousa) intentam confundir com o caso Sócrates, não só abala as estruturas do Executivo como se estende à sociedade portuguesa para se inscrever num capítulo da amoralidade. Entre as ambiguidades das declarações de próceres da Direita e o silêncio do ministro Nuno Crato, a desagregação atingiu as raias do absurdo. Vamos acreditar em quem?, se a razão dominante nos dirige, violentamente, para patamares que esvaziam a índole de todos os valores.
O Tribunal Constitucional, ao considerar falhas de legalidade as supressões dos subsídios de férias e de Natal, colocou o Governo sob a espada de Dâmocles. Qualquer que seja a decisão a tomar, ela será, sempre, contra Passos Coelho. Igualizar o público com o privado equivale a uma tempestade imprevisível, que os patrões temem e a que expressamente se opõem. Aumentar os impostos, como?, se o sufoco já é asfixiante, e as exteriorizações populares começam a chegar a níveis preocupantes.
Pedro Passos Coelho e as suas obstinações estão a empurrar-nos para perímetros até agora desconhecidos e, por isso mesmo, perigosíssimos. A situação portuguesa é calamitosa, e as indignações populares renovam-se, em vários sentidos e direcções, quando as coisas parecem calmas e tranquilas. O lugar do trabalho não merece, ao primeiro-ministro e aos seus, o respeito e a supremacia exigíveis. Com a desfaçatez comum a quem não presta contas, e deseja irresponsabilizar-se, após o veto do Constitucional, declarou, impante e malicioso, "agora, a oposição diga o que devemos fazer". -- Levanta-se a questão de saber, afinal, o que é a dignidade em política, quando a estratégia da dissimulação se substituiu ao princípio da honra.

Acordo ortográfico...em «direito comparado»

[Circula nas redes sociais. AZ]

Acordo Ortográfico ... em «direito comparado»
Vejam alguns exemplos:
Em Latim
Em Francês
Em Espanhol
Em Inglês
Até em Alemão, reparem:
Velho Português (o que desleixámos)
O novo Português (o importado do Brasil)
Actor
Acteur
Actor
Actor
Akteur
Actor
Ator
Factor
Facteur
Factor
Factor
Faktor
Factor
Fator
Tact
Tacto
Tact
Takt
Tacto
Tato
Reactor
Réacteur
Reactor
Reactor
Reaktor
Reactor
Reator
Sector
Secteur
Sector
Sector
Sektor
Sector
Setor
Protector
Protecteur
Protector
Protector
Protektor
Protector
Protetor
Selection
Seléction
Seleccion
Selection
Selecção
Seleção
Exacte
Exacta
Exact
Exacto
Exato
Except
Excepto
Exceto
Baptismus
Baptême
Baptism
Baptismo
Batismo
Exception
Excepción
Exception
Excepção
Exceção
Optimum
Óptimo
Ótimo

Mais um crime na Cultura Portuguesa e, desta vez, provocada
pelos nossos intelectuais da Língua de Camões.
Circulem este e-mail até chegar aos “intelectuais” que fizeram este
acordo, que ainda não tiveram a coragem de dar a cara…

Nação valente e imortal




Portugal visto por Lobo Antunes

  Nação valente e imortal

Agora sol na rua a fim de me melhorar a disposição, me reconciliar com a vida. Passa uma senhora de saco de compras: não estamos assim tão mal, ainda compramos coisas, que injusto tanta queixa, tanto lamento. Isto é internacional, meu caro, internacional e nós, estúpidos, culpamos logo os governos. Quem nos dá este solzinho, quem é? E de graça. Eles a trabalharem para nós, a trabalharem, a trabalharem e a gente, mal agradecidos, protestamos.
Deixam de ser ministros e a sua vida um horror, suportado em estóico silêncio. Veja-se, por exemplo, o senhor Mexia, o senhor Dias Loureiro, o senhor Jorge Coelho, coitados. Não há um único que não esteja na franja da miséria. Um único. Mais aqueles rapazes generosos, que, não sendo ministros, deram o litro pelo País e só por orgulho não estendem a mão à caridade. O senhor Rui Pedro Soares, os senhores Penedos pai e filho, que isto da bondade as vezes é hereditário, dúzias deles. Tenham o sentido da realidade, portugueses, sejam gratos, sejam honestos, reconheçam o que eles sofreram, o que sofrem. Uns sacrificados, uns Cristos, que pecado feio, a ingratidão. O senhor Vale e Azevedo, outro santo, bem o exprimiu em Londres. O senhor Carlos Cruz, outro santo, bem o explicou em livros. E nós, por pura maldade, teimamos em não entender. Claro que há povos ainda piores do que o nosso: os islandeses, por exemplo, que se atrevem a meter os beneméritos em tribunal. Pelo menos nesse ponto, vá lá, sobra-nos um resto de humanidade, de respeito. Um pozinho de consideração por almas eleitas, que Deus acolherá decerto, com especial ternura, na amplidão imensa do Seu seio. Já o estou a ver
- Senta-te aqui ao meu lado ó Loureiro
- Senta-te aqui ao meu lado ó Duarte Lima
- Senta-te aqui ao meu lado ó Azevedo que é o mínimo que se pode fazer por esses Padres Américos, pela nossa interminável lista de bem-aventurados, banqueiros, coitadinhos, gestores que o céu lhes dê saúde e boa sorte e demais penitentes de coração puro, espíritos de eleição, seguidores escrupulosos do Evangelho. E com a bandeirinha nacional na lapela, os patriotas, e com a arraia miúda no coração. E melhoram-nos obrigando-nos a sacrifícios purificadores, aproximando-nos dos banquetes de bem-aventuranças da Eternidade.
As empresas fecham, os desempregados aumentam, os impostos crescem, penhoram casas, automóveis, o ar que respiramos e a maltosa incapaz de enxergar a capacidade purificadora destas medidas. Reformas ridículas, ordenados mínimos irrisórios, subsídios de cacaracá? Talvez. Mas passaremos sem dificuldade o buraco da agulha enquanto os Loureiros todos abdicam, por amor ao próximo, de uma Eternidade feliz. A transcendência deste acto dá-me vontade de ajoelhar à sua frente. Dá-me vontade? Ajoelho à sua frente indigno de lhes desapertar as correias dos sapatos.
Vale e Azevedo para os Jerónimos, já!
Loureiro para o Panteão já!
Jorge Coelho para o Mosteiro de Alcobaça, já!
Sócrates para a Torre de Belém, já! A Torre de Belém não, que é tão feia. Para a Batalha.
Fora com o Soldado Desconhecido, o Gama, o Herculano, as criaturas de pacotilha com que os livros de História nos enganaram.
Que o Dia de Camões passe a chamar-se Dia de Armando Vara. Haja sentido das proporções, haja espírito de medida, haja respeito. Estátuas equestres para todos, veneração nacional. Esta mania tacanha de perseguir o senhor Oliveira e Costa: libertem-no. Esta pouca vergonha contra os poucos que estão presos, os quase nenhuns que estão presos como provou o senhor Vale e Azevedo, como provou o senhor Carlos Cruz, hedionda perseguição pessoal com fins inconfessáveis. Admitam-no. E voltem a pôr o senhor Dias Loureiro no Conselho de Estado, de onde o obrigaram, por maldade e inveja, a sair. Quero o senhor Mexia no Terreiro do Paço, no lugar D. José que, aliás, era um pateta. Quero outro mártir qualquer, tanto faz, no lugar do Marquês de Pombal, esse tirano. Acabem com a pouca vergonha dos Sindicatos. Acabem com as manifestações, as greves, os protestos, por favor deixem de pecar. Como pedia o doutor João das Regras, olhai, olhai bem, mas vêde. E tereis mais fominha e, em consequência, mais Paraíso. Agradeçam este solzinho. Agradeçam a Linha Branca. Agradeçam a sopa e a peçazita de fruta do jantar. Abaixo o Bem-Estar.
Vocês falam em crise mas as actrizes das telenovelas continuam a aumentar o peito: onde é que está a crise, então? Não gostam de olhar aquelas generosas abundâncias que uns violadores de sepulturas, com a alcunha de cirurgiões plásticos, vos oferecem ao olhinho guloso? Não comem carne mas podem comer lábios da grossura de bifes do lombo e transformar as caras das mulheres em tenebrosas máscaras de Carnaval.
Para isso já há dinheiro, não é? E vocês a queixarem-se sem vergonha, e vocês cartazes, cortejos, berros. Proíbam-se os lamentos injustos. Não se vendem livros? Mentira. O senhor Rodrigo dos Santos vende e, enquanto vender, o nível da nossa cultura ultrapassa, sem dificuldade, a Academia Francesa. Que queremos? Temos peitos, lábios, literatura e os ministros e os ex-ministros a tomarem conta disto.
Sinceramente, sejamos justos, a que mais se pode aspirar? O resto são coisas insignificantes: desemprego, preços a dispararem, não haver com que pagar ao médico e à farmácia, ninharias. Como é que ainda sobram criaturas com a desfaçatez de protestarem? Da mesma forma que os processos importantes em tribunal a indignação há-de, fatalmente, de prescrever. E, magrinhos, magrinhos mas com peitos de litro e beijando-nos uns aos outros com os bifes das bocas seremos, como é nossa obrigação, felizes.
(crónica satírica de António Lobo Antunes, in visão abril 2012)

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Momento Zen: Polémica Relvas...

Momento Zen,

Ainda sobre a polémica Relvas ( sempre )

 
Isto está tudo tramado: agora são os alcoólicos anónimos que querem ser enólogos. Não têm o curso, mas têm a experiência…

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Nos Estados Unidos, político corrupto vai para a prisão!

Apesar de todos os enormes defeitos do sistema político dos Estados Unidos, nenhum detentor de cargos públicos está acima da Lei.