quinta-feira, 28 de julho de 2011

Advogados e Deputados (I)


Autor: A. Marinho e Pinto, no JN, vide link.]

      Sempre que defendo a incompatibilidade entre a função (soberana) de deputado e a actividade (privada) de advogado, logo surgem a atacar-me advogados que não querem alterar a situação existente, nem sequer que se fale nisso publicamente. José Miguel Júdice, Manuel Magalhães Silva e, mais recentemente, Paulo Rangel, são alguns dos que mais se destacaram nesses ataques. Todos têm em comum o facto de repetirem, quais discos riscados, os mesmos epítetos (simplista, "populista" e "demagógico"), mas também a circunstância de serem sócios de grandes escritórios de Lisboa que, obviamente, têm muito interesse em terem advogados deputados na Assembleia da República (AR).
É inadmissível que numa República democrática haja titulares de um órgão de soberania, como é o Parlamento, que ao mesmo tempo representem profissionalmente entidades privadas interessadas no conteúdo das leis elaboradas nesse órgão. É de meridiana evidência que quem participa na elaboração de leis na AR não deve participar na sua aplicação nos tribunais, patrocinando partes interessadas nessas leis. Não se pode confiar nas leis de um Parlamento cujos deputados têm clientes privados interessados nessas leis. Essa mistura degrada os princípios republicanos.
O sentido normativo de muitos diplomas legais é, muitas vezes, determinado mais pelo concreto interesse privado que se defende (às ocultas) do que pelo interesse público próprio de uma lei geral e abstracta. Há leis que são feitas à medida de certos interesses privados que ninguém identifica durante o processo legislativo, excepto, naturalmente, o deputado que patrocina, como advogado, esses interesses. Algumas leis vestem, como um fato à medida, em certos clientes de certos deputados.
O que se passou com as leis de amnistia chegou, em alguns casos, a constituir uma verdadeira ignomínia sobre o Parlamento, dada a forma como alguns deputados beneficiaram os seus clientes. Houve reduções de penas a crimes de pedofilia, em detrimento de outros bem menos graves e chegou-se mesmo ao ponto de a versão de uma dessas leis publicada no "Diário da República" ser diferente da versão publicada no "Diário da AR" por ter sido alterada à socapa já depois de aprovada em plenário.
Outro dos escândalos tem a ver com as prescrições, havendo centenas ou milhares de processos que prescreveram nas últimas décadas, devido, sobretudo, a alterações legislativas que favoreceram os clientes de vários deputados/advogados, mas que lançaram o caos nos tribunais.
Mas, o que se passa com as leis fiscais é o exemplo mais elucidativo dessa promiscuidade de haver pessoas a defender simultaneamente interesses públicos e privados incompatíveis entre si. Há milhares de milhões de euros em processos fiscais acumulados nos tribunais porque as leis fiscais tornaram-se num denso e confuso emaranhado normativo, cheio de alçapões só identificados por quem os concebeu. O resultado está à vista: o Estado não consegue cobrar impostos a quem os impugna judicialmente, pelo que o seu pagamento vai passar a ser negociado através de arbitragens em que o devedor pode nomear um dos juízes (árbitros). É a legalização da fuga (parcial) aos impostos para os grandes contribuintes, mas é também um convite ao alargamento da corrupção. Todos vão sair a ganhar, excepto, obviamente, o Estado que sairá sempre a perder.
A acumulação de funções públicas com actividades privadas gera um mundo à parte que propicia e dissimula os negócios em torno do Estado, dos seus órgãos centrais, regionais e locais, dos seus institutos e empresas, etc.. Muitas dezenas de políticos acumula(ra)m funções públicas (nomeadamente deputados) com actividades privadas (principalmente de advocacia). Entre eles, destacam-se António Almeida Santos (uma espécie de patriarca do mundo dos negócios público-privados), Manuel Dias Loureiro, Domingos Duarte Lima, Ricardo Rodrigues, Guilherme Silva, Vera Jardim e Paulo Rangel, entre muitos outros. Este último, que tanto tem berrado publicamente contra o PS, nunca teve divergências políticas com o dirigente socialista António Vitorino na grande sociedade de advogados de Lisboa de que ambos são sócios. Aí nunca sentiu qualquer claustrofobia democrática. Pelo contrário, parece que ambos se sentem lá muito bem oxigenados.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Bill Gates, Paul Allen e o Altair 8800

[É muito interessante ver como se desenvolvem as ideias que posteriormente conduzem a produto físico final. Foi assim que começou a era do computador pessoal...]
FONTE: http://www.wired.com/gadgetlab/tag/popular-electronics/



terça-feira, 19 de julho de 2011

As cegonhas também amam...

FONTE: Agência de Notícias de Direitos dos Animais [vd link]

Em como temos muito que aprender com os animais...

As cegonhas que fazem ninho na Croácia todos os anos, fazem um longo caminho de 13 mil quilóimetros da África do Sul pelo vale do Nilo
Por Danielle Bohnen (da Redação)
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Malena e Rodan, uma linda história de amor. Foto: Divulgação/EFE
Uma amada ferida pelos disparos de um malvado, Um galã apaixonado que cruza meio planeta para visitá-la todos os anos, apesar de todas as dificuldades. A história parece mais um roteiro de filme de romance, mas é a realidade da vida de um casal de cegonhas na Croácia.
A cada primavera, o país se emociona com a chegada do macho Rodan que volta da África ao país balcânico para encontrar sua amada Malena, que não pode voar devido às sequelas de um tiro d qual foi vítima há 18 anos.
O casal de aves oferece este ano, um espetáculo de alegria, já que em seu ninho, há quatro filhotes recém-nascidos, enquanto os demais estão por sair de seus ovos, segundo informou a imprensa local.
Malena foi encontrada ferida, em 1993, em um campo perto de Slavonski Brod, uma cidade de 200 km a leste de Zagreb, com a asa ferida por tiros dados por um caçador italiano.
Stipe Vokic, porteiro de uma escola primária, cuidou da ave, conseguiu curá-la e fez um ninho no telhado da escola para ela.
Faz nove anos que Rodan se apaixonou por Malena, que não pode acompanhar seu amado na viagem até à África, pois apresenta sequelas do ferimento que a impedem de voar para a rota migratória que faz as aves de sua espécie todos os anos.
Durante o inverno, Vokic cuida e alimenta Malena, mas todas as primaveras, quando Rodan regressa, ele mesmo trata de cuidar da companheira. Ele leva-lhe comida fresca, arruma o ninho e alimenta os filhotes.
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Foto: Divulgação/EFE
"É uma relação terna, da qual se pode fazer um filme de amor", comenta Vokic ao jornalVecernji list.
Em Julho, Rodan ensinará aos seis filhotes a voar e, em meados de agosto, voarão juntos até África.
"A cada ano, me parte o coração quando chega a hora de partirem. Rodan chama Malena, para que vá com ele, mas ela não pode. Até hoje, já criaram 35 filhotes", diz Vikic.
Esta primavera, a imprensa croata publicou a triste notícia de que Rodan não estava de volta e, certamente, alguma coisa ocorreu na África, mas para a alegria de todos, apareceu de repente, apesar de mais cansado do que nunca.
As cegonhas que fazem seus ninhos na Croácia todos os anos, realizam uma longa viagem de 13 mil quilômetros pelo Vale do Nilo até à África do Sul, caminho onde encontram muito perigos e penúrias.
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Foto: Divulgação/EFE

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Para compreender a crise económica (e a associada falta de ética)...

É muito claro que a actual crise económica reflete sobretudo a ausência de ética ao nível do mundo financeiro e dos governos, que ficaram seus sicários...Deixo aqui algumas ligações internet a lições curtas mas muito esclarecedoras, para que possamos compreender a crise do mundo actual, preparando-nos assim para nos livrarmos dos seus agentes.
Lição 1: World collapse explained in 3 minutes
Lição 2: Worst economic collapse ever

sexta-feira, 15 de julho de 2011

José António Saraiva revela-se !...

Este artigo de opinião de José António Saraiva atinge o limite da indecência. Imperdoável, a não ser que JAS esteja confuso sobre quem é quem, porque só numa classe económica nuito elevada se poderia seguir as suas muito sábias sugestões...Caro José A. Saraiva, francamente, conviva mais com o povo, e não só com os seus requintados amigos, medite um pouco mais sobre o poder da escrita, repare que quem o lê não são apenas alguns leitores, mas largos milhares, senão milhões, que todos os dias contam os tostões para os legumes, peixe, talvez carne pão e fruta. Se, por desgraça, algum gestor ou governante, procurando abrilhantar uma "carreira", o lê, é bem capaz de "querer impôr" que todos nós vivamos com metade do que temos. Não que acredito que tal façanha seja impossível, bem antes pelo contrário, mas num país onde o governo (não o confundamos com o Estado) exista para garantir a justiça e o desenvolvimento social, económico, cultural. Para lamento meu, continuamos longe dessa justa situação. Porque, se o governo se propõe privatizar rapidamente empresas estatais tão importantes (TAP, EDP,águas,...) é porque sabiamente e com rapidez quererá baixar os "impostos em sede de IRS" para todos nós, pois segundo logicamente me parece, não teremos mais que sustentar estas empresas. Logo não teremos que tanto desembolsar...

Governos ao serviço de grandes corporações: a luta começou na Europa e Médio Oriente

Nesta entrevista John Perkins confessa tudo o que sabe e aprendeu para ser um "Sicário Económico". Vejam atentamente, pois desvenda os mecanismos que o Império teceu para transformar-nos a todos em escravos. Segundo Perkins, a conscienciaização desse processo está avançada na Europa e Médio Oriente, e a luta já aí terá começado para impedir tanta loucura.

Tao Te King para Gestores

Na verdade a nova classe de gestores ou os seus paladinos, faltando-lhes o sentido da realidade, estando neles ausente qualquer sentido de profundidade, deveriam ler e compreender o que foi escrito ao longo dos milénios. Lao Tse (que significa em Chinês velho Mestre) terá escrito o Tao Te King (o Livro da Via e da Virtude) em cerca do ano VI a.C, e é considerada a mais antiga obra de cunho filosófico escrita na China. Mao Zedong destruiu grande parte desta sabedoria que permeava o tecido social chinês, e as consequências das aventuras revolucionárias encetadas por ele começam a estar à vista (vide artigo publicado neste Blog), embora concerteza houvesse que lutar pela dignidade do povo chinês. Este aspecto é nuclear: como modificar as condições de vida de um povo sem passar pela roleta russa das ditas revoluções? É que numa revolução todo o tipo de chico-espertismo leva ao poder toda a espécie de bandidagem, defraudando-se o espírito da própria revolução e nós sabemos do que falamos, pois passámos pela "Revolução dos Cravos" e sem saber como estamos, transportados por uma insidiosa Time-Machine encontramo-nos de novo em finais de 1939...
Pois o que Lao Tse diz, e deve servir de conselho para os gestores (que para nossa infelicidade nada intuiem dos pérfidos desígnios de forças superiores) é o seguinte:

"Poderá a tua alma abarcar a unidade
 sem nunca se desprender
Poderás concentrar a tua respiração
até chegares à leveza de um recém-nascido?
Poderás purificar a tua visão original
até a tornar imaculada?
Poderás amar o povo e governar o estado pelo não-agir?

Poderás abrir e fechar os celestes batentes
desempenhando o papel feminino?
Poderás tudo ver e tudo conhecer
sem usar a inteligência?

Produzir e fazer crescer,
produzir sem se apropriar,
agir sem nada esperar,
guiar sem constranger,
é a virtude suprema."

Poderemos esperar isto do Estado, governantes e gestores?

[Esta é a tradução do Chinês publicada pela Editorial Estampa, 1989]

terça-feira, 12 de julho de 2011

No, We Can't? Or Won't?

[Este é um artigo que segue no rasto do outro que coloquei faz pouco, mostrando que a crise é uma estória criada por criancinhas mal formadas, os tais "jovens" da Rating Agencies and &, e pela bandidagem que descobriu que o Estado é um excelente veículo de riqueza para quem lá está perto, proporcionando uma vida bem mais fácil do que ser obrigado a andar pela estrada a fazer explodir com botijas de gás as pequenas máquinas ATM...O capitalismo só funciona com uma ética exigente, é uma lição a não esquecer...Paul Krugman é um recente Prémio Nobel da Economia, merece que se leia com atenção.]

No, We Can’t? Or Won’t?

By
Published: July 10, 2011

If you were shocked by Friday’s job report, if you thought we were doing well and were taken aback by the bad news, you haven’t been paying attention. The fact is, the United States economy has been stuck in a rut for a year and a half.
Fred R. Conrad/The New York Times
Yet a destructive passivity has overtaken our discourse. Turn on your TV and you’ll see some self-satisfied pundit declaring that nothing much can be done about the economy’s short-run problems (reminder: this “short run” is now in its fourth year), that we should focus on the long run instead.

This gets things exactly wrong. The truth is that creating jobs in a depressed economy is something government could and should be doing. Yes, there are huge political obstacles to action — notably, the fact that the House is controlled by a party that benefits from the economy’s weakness. But political gridlock should not be conflated with economic reality.
Our failure to create jobs is a choice, not a necessity — a choice rationalized by an ever-shifting set of excuses.
Excuse No. 1: Just around the corner, there’s a rainbow in the sky.
Remember “green shoots”? Remember the “summer of recovery”? Policy makers keep declaring that the economy is on the mend — and Lucy keeps snatching the football away. Yet these delusions of recovery have been an excuse for doing nothing as the jobs crisis festers.
Excuse No. 2: Fear the bond market.
Two years ago The Wall Street Journal declared that interest rates on United States debt would soon soar unless Washington stopped trying to fight the economic slump. Ever since, warnings about the imminent attack of the “bond vigilantes” have been used to attack any spending on job creation.
But basic economics said that rates would stay low as long as the economy was depressed — and basic economics was right. The interest rate on 10-year bonds was 3.7 percent when The Wall Street Journal issued that warning; at the end of last week it was 3.03 percent.
How have the usual suspects responded? By inventing their own reality. Last week, Representative Paul Ryan, the man behind the G.O.P. plan to dismantle Medicare, declared that we must slash government spending to “take pressure off the interest rates” — the same pressure, I suppose, that has pushed those rates to near-record lows.
Excuse No. 3: It’s the workers’ fault.
Unemployment soared during the financial crisis and its aftermath. So it seems bizarre to argue that the real problem lies with the workers — that the millions of Americans who were working four years ago but aren’t working now somehow lack the skills the economy needs.
Yet that’s what you hear from many pundits these days: high unemployment is “structural,” they say, and requires long-term solutions (which means, in practice, doing nothing).
Well, if there really was a mismatch between the workers we have and the workers we need, workers who do have the right skills, and are therefore able to find jobs, should be getting big wage increases. They aren’t. In fact, average wages actually fell last month.
Excuse No. 4: We tried to stimulate the economy, and it didn’t work.
Everybody knows that President Obama tried to stimulate the economy with a huge increase in government spending, and that it didn’t work. But what everyone knows is wrong.
Think about it: Where are the big public works projects? Where are the armies of government workers? There are actually half a million fewer government employees now than there were when Mr. Obama took office.
So what happened to the stimulus? Much of it consisted of tax cuts, not spending. Most of the rest consisted either of aid to distressed families or aid to hard-pressed state and local governments. This aid may have mitigated the slump, but it wasn’t the kind of job-creation program we could and should have had. This isn’t 20-20 hindsight: some of us warned from the beginning that tax cuts would be ineffective and that the proposed spending was woefully inadequate. And so it proved.
It’s also worth noting that in another area where government could make a big difference — help for troubled homeowners — almost nothing has been done. The Obama administration’s program of mortgage relief has gone nowhere: of $46 billion allotted to help families stay in their homes, less than $2 billion has actually been spent.
So let’s summarize: The economy isn’t fixing itself. Nor are there real obstacles to government action: both the bond vigilantes and structural unemployment exist only in the imaginations of pundits. And if stimulus seems to have failed, it’s because it was never actually tried.
Listening to what supposedly serious people say about the economy, you’d think the problem was “no, we can’t.” But the reality is “no, we won’t.” And every pundit who reinforces that destructive passivity is part of the problem.

A CRISE - em como um conto infantil transmite a moral da história.

[Não fui capaz de descobrir a FONTE desta história, mas ela transmite o essencial das causas da crise: essa nova "classe social" denominada "gestores"...da crise...]

A crise

Um homem vivia à beira de uma estrada e vendia cachorros-quentes.

Não tinha rádio, não tinha televisão e nem lia jornais, mas produzia e
vendia os melhores cachorros-quentes da região.

Preocupava-se com a divulgação do seu negócio e colocava cartazes pela
estrada, oferecia o seu produto em voz alta e o povo comprava e
gostava.

As vendas foram aumentando e, cada vez mais ele comprava o melhor pão
e as melhores salsichas.

Foi necessário também adquirir um fogão maior para atender a grande
quantidade de fregueses.

O negócio prosperava...

Os seus cachorros-quentes eram os melhores!

Com o dinheiro que ganhou conseguiu pagar uma boa escola ao filho.

O miúdo cresceu e foi estudar Economia numa das melhores
Faculdades do país.

Finalmente, o filho já formado, voltou para casa, notou que o pai
continuava com a vida de sempre, vendendo cachorros-quentes feitos com
os melhores ingredientes e gastando dinheiro em cartazes, e teve uma
séria conversa com o pai:

- Pai, não ouve rádio? Não vê televisão? Não lê os jornais? Há uma
grande crise no mundo. A situação do nosso País é crítica. Há que
economizar!

Depois de ouvir as considerações do filho Doutor, o pai pensou: Bem,
se o meu filho que estudou Economia na melhor Faculdade, lê jornais,
vê televisão e internet, e acha isto, então só pode ter razão!

Com medo da crise, o pai procurou um fornecedor de pão mais barato (e,
é claro, pior).

Começou a comprar salsichas mais baratas (que eram, também, piores).

Para economizar, deixou de mandar fazer cartazes para colocar na
estrada.

Abatido pela notícia da crise já não oferecia o seu produto em voz
alta.

Tomadas essas 'providências', as vendas começaram a cair e foram
caindo, caindo até chegarem a níveis insuportáveis.

O negócio de cachorros-quentes do homem, que antes gerava
recursos... faliu.

O pai, triste, disse ao filho: - Estavas certo filho, nós estamos no
meio de uma grande crise.

E comentou com os amigos, orgulhoso: - 'Bendita a hora em que pus o
meu filho a estudar economia, ele é que me avisou da crise...'



VIVEMOS NUM MUNDO CONTAMINADO DE MáS NOTíCIAS E SE NãO TOMARMOS O
DEVIDO CUIDADO, ESSAS MáS NOTICIAS INFLUENCIAR-NOS-ãO AO PONTO DE NOS
ROUBAREM A PROSPERIDADE.

O texto original foi publicado em 24 de Fevereiro de 1958 num
anúncio da Quaker State Metals Co.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Major General da United states Army levanta dúvidas sobre o 9/11

Suspeitas do Major General Albert "Bert" N. Stubblebine III, agora retirado, da United States Army. Este homem foi a mais alta patente da  United States Army Intelligence and Security Command de 1981 to 1984, tendo-se reformado então. Nestas entrevistas levanta sérias dúvidas sobre o 9/11. Mais dados desconcertantes (que na Europa nunca duvidámos...)

Link aqui: http://youtu.be/daNr_TrBw6E
e aqui: http://world911truth.org/major-general-albert-stubblebine-towers-fell-down-because-of-explosives/

Confissões de um Assassino Económico

Portugal é uma pequena nação dramaticamente corrompida. Soma-se a este defeito endémico todas as estratégias modernas do Capitalismo sem ética. Vejam este documentário sobre um "assassino económico", certamente contribuirá para esclarecer melhor o que se passa no nosso conturbado tempo.
Link aqui: http://youtu.be/dFtijO8qM6A

O Sermaõ do Bom Ladrão/ Maria José Morgado

[Excelente confissão da Procuradora-Geral Adjunta, que mostra o pano de fundo sobre o qual é suposto "reconstruir" o país. O que fazer?... ]












A velocidade incontrolável do sector empresarial do Estado tem sido fonte de corrupção e miséria.
Espantoso é descobrir a denúncia destas espertezas lusas no “Sermão do Bom Ladrão, do Padre António Vieira.
“Basta Senhor que eu porque roubo em uma barca sou ladrão e vós porque roubais em uma armada, sois Imperador? Assim é”.
Pois a armada agora será o sector empresarial do Estado guiado pelo lema do sorvedouro dos dinheiros públicos.
Alguns pequenos exemplos, segundo um especialista.
Há 14.000 entidades, 900 fundações, 1000 empresas do Estado central e local, com duplicação de funções, de despesas e desperdícios absurdos alimentadas por dinheiros públicos e tuteladas pelo Governo. Funcionam em regime de apagão orçamental.
Outra peculiaridade lusa é a de sermos o líder europeu das parcerias público-privadas em percentagem do PIB.
Os encargos assumidos nestes contratos entre o sector público e os consórcios de empresas privadas nas infra-estruturas rodoviárias, ferroviárias e da saúde correspondiam, em 2009, a cerca de 50 mil milhões de euros. Os vultuosos encargos da REFER e da Estradas de Portugal também não eram sujeitos a prestação de contas.
Os fins públicos visados nalguns destes grandes negócios são curiosos: traduzem-se numa rede de transacções entre o Estado e particulares, intermediadas por empresas veículo das quais o Estado também faz parte, com sobrefacturação ao contribuinte, numa original competitividade. A protecção do concessionário privado tornou-se normalmente ruinosa para o Estado.
Outro mistério é o fenómeno da derrapagem nas obras públicas.
A Casa da Música apresentou uma derrapagem de 300 %. Não é excepção. A metodologia das derrapagens parece essencial. Os estádios do euro 2004 são um encargo de mais mil milhões de euros a suportar em vinte anos.
É o campo de alto risco das decisões sobre mercados públicos, obras, empreitadas, subsídios. Sem prestação de contas. Sem gestão dos riscos. O estado tem assumido quase sempre os encargos com protecção exagerada das empresas privadas, como se os decisores públicos não estivessem vinculados por dever de eficiência no bom uso dos dinheiros do contribuinte. Neste húmus de más práticas foi como se o Estado entregasse a chave do galinheiro à raposa.
A crónica má gestão dos dinheiros públicos aliada ao concubinato entre certas empresas e o Estado destruíram a economia e a capacidade de produzir riqueza. Foi o resvalar da incompetência e do desleixo para formas de corrupção sistémica com o descontrolado endividamento público.
O sistema económico da livre iniciativa foi substituído pelo sistema da planificação central das comissões.
A inoperância da justiça nesta área agravou a patologia. Ninguém respondeu financeiramente por nada. Consagrou-se um espaço de actuação sem risco. O resultado está à vista: empobrecimento do país, enriquecimento ilícito e imoralidade pública.
O MP, a polícia, os tribunais devem assumir a sua quota-parte de responsabilidade na mudança na parábola do bom ladrão.
“Roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza”.
Até quando?
P. S. Ao José Luís, falecido faz hoje um ano.
Procuradora-geral adjunta

terça-feira, 5 de julho de 2011

Omens sem H, por Nuno Pacheco


Omens sem H
Por Nuno Pacheco
Em Público 08-06-2011
http://ilcao.cedilha.net/?p=1916


Espantam-se? Não se espantem. Lá chegaremos. No Brasil, pelo menos, já se escreve "umidade". Para facilitar? Não parece. A Bahia, felizmente, mantém orgulhosa o seu H (sem o qual seria uma baía qualquer), Itamar Assumpção ainda não perdeu o P e até Adriana Calcanhotto duplicou o T do nome porque fica bonito e porque sim.

Isto de tirar e pôr letras não é bem como fazer lego, embora pareça. Há uma poética na grafia que pode estragar-se com demasiadas lavagens a seco. Por exemplo: no Brasil há dois diários que ostentam no título esta antiguidade: Jornal do Commercio. Com duplo M, como o genial Drummond. Datam ambos dos anos 1820 e não actualizaram o nome até hoje. Comércio vem do latim commercium e na primeira vaga simplificadora perdeu, como se sabe, um M. Nivelando por baixo, temendo talvez que o povo ignaro não conseguisse nunca escrever como a minoria culta, a língua portuguesa foi perdendo parte das suas raízes latinas. Outras línguas, obviamente atrasadas, viraram a cara à modernização. É por isso que, hoje em dia, idiomas tão medievais quanto o inglês ou o francês consagram pharmacy e pharmacie (do grego pharmakeia e do latim pharmacïa) em lugar de farmácia; ou commerce em vez de comércio. O português tem andado, assim, satisfeito, a "limpar" acentos e consoantes espúrias. Até à lavagem de 1990, a mais recente, que permite até ao mais analfabeto dos analfabetos escrever sem nenhum medo de errar. Até porque, felicidade suprema, pode errar que ninguém nota. "É positivo para as crianças", diz o iluminado Bechara, uma das inteligências que empunha, feliz, o facho do Acordo Ortográfico.

É verdade, as crianças, como ninguém se lembrou delas? O que passarão as pobres crianças inglesas, francesas, holandesas, alemãs, italianas, espanholas, em países onde há tantas consoantes duplas, tremas e hífens? A escrever summer, bibliographie,tappezzería, damnificar, mitteleuropäischen? Já viram o que é ter de escrever Abschnitt für sonnenschirme nas praias em vez de "zona de chapéus de sol"? Por isso é que nesses países com línguas tão complicadas (já para não falar na China, no Japão ou nas Arábias, valha-nos Deus) as crianças sofrem tanto para escrever nas línguas maternas. Portugal, lavador-mor de grafias antigas, dá agora primazia à fonética, pois, disse-o um dia outra das inteligências pró-Acordo, "a oralidade precede a escrita". Se é assim, tirem o H a homem ou a humanidade que não faz falta nenhuma. E escrevam Oliúde quando falarem de cinema. A etimologia foi uma invenção de loucos, tornemo-nos compulsivamente fonéticos.

Mas há mais: sabem que acabou o café-da-manhã? Agora é café da manhã. Pois é, as palavras compostas por justaposição (com hífens) são outro estorvo. Por isso os "acordistas" advogam cor de rosa (sem hífens) em vez de cor-de-rosa. Mas não pensaram, ó míseros, que há rosas de várias cores? Vermelhas? Amarelas? Brancas? Até cu-de-judas deixou, para eles, de ser lugar remoto para ser o cu do próprio Judas, com caixa alta, assim mesmo. Só omens sem H podem ter inventado isto, é garantido.

Jornalista

sexta-feira, 1 de julho de 2011

É o fim do Capitalismo, o fim da Máfia Europeia: Bravo Barroso!

[Com estas notícias vais-se tornando claro o que se passa no mundo e o desfecho inevitável. Deixo embaixo mais uma mensagem que circula pelas redes sociais. O capitalismo surgiu da moral religiosa do Calvinismo (Max Weber estudou bem a matéria). Os clavinistas propalaram a ideia que os seus crentes poderiam conquistar o céu, estarem entre os eleitos se se dedicassem com afinco ao trabalho. Como estavam interditos pela sua religião de usufruirem dos luxos que a riqueza adquirida permitia, inventaram os lucros. Mas nos nossos tempos o Capitalismo foi definitivamente apropriado por toda  parte, usurpado, palas mafias de todas as origens. São sinais de que o problema pode eventualmente amenizar-se amanhã, mas já não tem cura...Há que procurar construir uma nova civilização fundamentada no respeito pela vida! Leiam e registem...]

E PARA NOS ASSUSTAREM E NOS MANTEREM CALADOS E QUIETOS, FAZEM
CONSTAR QUE SE A U.E. SE DESAGREGAR, A EUROPA VIRARÁ UM CAOS!
Já reparou? Os políticos europeus estão a lutar como loucos para
entrar na administração da UE !
E por quê?

Leia o que segue, pense bem e converse com os amigos.
Envie isto para os europeus que conheça!
Simplesmente, escandaloso!

Foi aprovada a aposentadoria aos 50 anos com 9.000 euros por mês
para os funcionários da EU!!!. Este ano, 340 agentes partem para a
reforma antecipada aos 50 anos com uma pensão de 9.000 euros por mês.

Sim, leu correctamente!

Para facilitar a integração de novos funcionários dos novos
Estados-Membros da UE (Polónia, Malta, países da Europa Oriental
...), os funcionários dos países membros antigos (Bélgica, França,
Alemanha ..) receberão da Europa uma prenda de ouro para se aposentar.

Porquê e quem paga isto?

Você e eu estamos a trabalhar ou trabalhámos para uma pensão de
miséria, enquanto que aqueles que votam as leis se atribuem
presentes de ouro.
A diferença tornou-se muito grande entre o povo e os "Deuses do
Olimpo!"

Devemos reagir por todos os meios começando por divulgar esta
mensagem para todos os europeus.
É uma verdadeira Mafia a destes Altos Funcionários da União
Europeia ....

Os tecnocratas europeus usufruem de verdadeiras reformas de
nababos ...
Mesmo os deputados nacionais que, no entanto, beneficiam do
"Rolls" dos regimes especiais, não recebem um terço daquilo que
eles embolsam.
Vejamos! Giovanni Buttarelli, que ocupa o cargo de Supervisor
Adjunto da Protecção de Dados, adquire depois de apenas 1 ano e 11
meses de serviço (em Novembro 2010), uma reforma de 1 515 ? / mês.
O equivalente daquilo que recebe em média, um assalariado francês
do sector privado após uma carreira completa (40 anos)..
O seu colega, Peter Hustinx acaba de ver o seu contrato de cinco
anos renovado. Após 10 anos, ele terá direito a cerca de ? 9 000
de pensão por mês.

É simples, ninguém lhes pede contas e eles decidiram aproveitar ao
máximo. É como se para a sua reforma, lhes fosse passado um cheque
em branco.

Além disso, muitos outros tecnocratas gozam desse privilégio:
1. Roger Grass, Secretário do Tribunal Europeu de Justiça,
receberá ? 12 500 por mês de pensão.
2. Pernilla Lindh, o juiz do Tribunal de Primeira Instância, ? 12
900 por mês.
3. Damaso Ruiz-Jarabo Colomer, advogado-geral, 14 000 ? / mês.
Consulte a lista em:
http://www.kdo-mailing.com/redirect.asp?numlien=1276&numnews=1356&numabonne=62286
<http://www.kdo-mailing.com/redirect.asp?numlien=1276&numnews=1356&numabonne=62286>


Para eles, é o jackpot. No cargo desde meados dos anos 1990, têm a
certeza de validar uma carreira completa e, portanto, de obter o
máximo: 70% do último salário. É difícil de acreditar ... Não só
as suas pensões atingem os limites, mas basta-lhes apenas 15 anos
e meio para validar uma carreira completa, enquanto para você,
como para mim, é preciso matar-se com trabalho durante 40 anos, e
em breve 41 anos.
Confrontados com o colapso dos nossos sistemas de pensões, os
tecnocratas de Bruxelas recomendam o alongamento das carreiras:
37,5 anos, 40 anos, 41 anos (em 2012), 42 anos (em 2020), etc. Mas
para eles, não há problema, a taxa plena é 15,5 anos... De quem
estamos falando?
Originalmente, estas reformas de nababos eram reservadas para os
membros da Comissão Europeia e, ao longo dos anos, têm também sido
concedida a outros funcionários. Agora eles já são um exército
inteiro a beneficiar delas:: juízes, magistrados, secretários,
supervisores, mediadores, etc.

Mas o pior ainda, neste caso, é que eles nem sequer descontam para
a sua grande reforma. Nem um cêntimo de euro, tudo é à custa do
contribuinte ...
Nós, contribuímos toda a nossa vida e, ao menor atraso no
pagamento, é a sanção: avisos, multas, etc.
Sem a mínima piedade. Eles, isentaram-se totalmente disso. Parece
que se está a delirar!

Esteja ciente, que até mesmo os juízes do Tribunal de Contas
Europeu que, portanto, é suposto « verificarem se as despesas da
UE são legais, feitas pelo menor custo e para o fim a que são
destinadas », beneficiam do sistema e não pagam as quotas.
E que dizer de todos os tecnocratas que não perdem nenhuma
oportunidade de armarem em «gendarmes de Bruxelas» e continuam a
dar lições de ortodoxia fiscal, quando têm ambas as mãos, até os
cotovelos, no pote da compota?
Numa altura em que o futuro das nossas pensões está seriamente
comprometido pela violência da crise económica e da brutalidade do
choque demográfico, os funcionários europeus beneficiam, à nossa
custa, da pensão de 12 500 a 14 000 ? / mês após somente 15 anos
de carreira, mesmo sem pagarem quotizações... É uma pura provocação!

O objectivo é alertar todos os cidadãos dos Estados-Membros da
União Europeia. Juntos, podemos criar uma verdadeira onda de pressão.

Não há dúvida de que os tecnocratas europeus continuam a gozar à
nossa custa e com total impunidade, essas pensões. Nós temos que
levá-los a colocar os pés na terra.

«Sauvegarde Retraites» realizou um estudo rigoroso e muito
documentado que prova por "A + B" a dimensão do escândalo. Já foi
aproveitado pelos media.


http://www.lepoint.fr/actualites-economie/2009-05-19/revelations-les-retraites-en-or-des-hauts-fonctionnaires-europeens/916/0/344867


Divulgue para não ter de se queixar toda a vida! Estes abusos
apenas são possíveis porque se constroem nos "corredores".