sábado, 11 de junho de 2011

Portugal: que futuro?!

Este pequeno enclave ocidental a que chamamos Portugal vive tempos muito dificeis, resultado de uma governação corrupta, falta de quadro competentes e uma mentalidade que só uma educação sistemática e esclarecida poderia eliminar. Os eleitores penalizaram o P(N)S graças a uma lucidez in extremis, mas tal não irá impedir de José Sócrates ser premiado pelo Regime que o colocou à frente do pior governo na história recente de Portugal. As consequências são de tal ordem que merecia no futuro estudos aprofundados sobre o que permitiu esta sequência de acontecimentos, para que se permita balizar o que jamais deverá ser feito a um povo: destruiu-se a dignidade do professor, do médico, do jurista; acicatou-se a discórdia entre colegas de qualquer profissão, desviando-se a energia que deveria ser conduzida para mudar o que mal está; precarizou-se o emprego, ao mesmo tempo que se ocupava lugares de liderança com amigaços do partido e familiares, e assim impedindo que os talentos naturais que o país tem pudessem adquirir o poder que deveriam ter para engrandecer o país; colocaram-se em lugares de decisão determinados sujeitos claramente com a tarefa de ocultar toda a espécie de crimes, que nunca foram resolvidos; etc, etc, etc. Só um governo profundamente pérfido pode deixar um povo interrogando-se sobre qual o futuro que lhe está destinado!...O Presidente da República também, a meu ver, Abraão Zacuto, não cumpriu nem cumpre o seu papel, permitindo a perpetração de um autêntico crime contra os Portugueses. Um povo esmagado pelo peso do Estado, instrumento de extorsão para benefício de alguns, a Banca e grandes grupos económicos. A História quiçá o julgará, assim como todos os responsáveis desta calamidade, quando houver neste país sociólogos e historiadores com faculdade para o julgar (porque é notório que não há, não se ouvem, nem se lêem), já que para nós, desprezados escravos de um império global, só nos resta sermos perseguidos pela justiça (sendo hilariante pois ela é paga por todos nós, para nos perseguir...que trágico destino!).
Porém, no mundo inteiro tem vindo a emergir uma consciência global dos abusos de um sistema de governação baseado no excessivo poder de um pequeno número de famílias que fazem indevidamente deste planeta uma coutada privada. Em Portugal também assim tem sido ao longo de séculos, mas agora surge a necessidade histórica de uma bifurcação que se avizinha, do rompimento com este modelo de sub-desenvolvimento. Sabe-se com muita clareza quem são os atores, quais os seus desígnios, o que eles não querem fazer deste país. Esta nova realidade que se apresenta para todos nós, fará dos atuais modelos de governação, marionetes insustentáveis, que levará inevitavelmente à implosão do sistema capitalista selvagem que é característico dos nossos tempos. Nem grupos de Bilderberg, nem maçonarias escônditas, nem monarquias modernas, parecem estar esclarecidas, ou terem a lucidez suficiente para resolver o que se avizinha. O que presenciamos todos, face ao imenso teatro do mundo onde cada um desempenha o seu papel, é uma extrema loucura de alguns, plenos discípulos da via filosófica da violência, avareza e ambição.
É neste contexto que impende sobre o novo governo de Pedro Passos Coelho um dramático momento histórico que ditará o futuro de Portugal, faz séculos que é apenas um insiginificante ator marginal na esfera do mundo. O que clama à evidência é: ou o povo ganha o direito que naturalmente tem de ter qualidade de vida, ou este país converte-se numa turba de escravos, incultos, incapazes, colónia de potências superiores.

-Abraão Zacuto.

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