quarta-feira, 29 de junho de 2011

Os estranhos contornos do caso Dominique Strauss-Kahn

Para onde vai o mundo!...Mais uma informação sobre o estado das finanças nos USA. Retirada do site acima assinalado...


O que os americanos não são capazes de fazer para esconder a fraude que é a sua economia!
Na manhã de 14 Maio, o dia em que foi preso, Dominique Strauss-Kahn (DSK) tinha sido aconselhado pelos serviços secretos franceses (DGSE) a abandonar os EUA e regressar rapidamente à Europa, descartando-se do telemóvel para evitar que pudesse ser localizado. A delicadeza da informação secreta que lhe tinha sido entregue por agentes "d…elatores" da CIA justificava tal precaução.
Strauss-Kahn tinha viajado para os Estados Unidos para clarificar as razões que levavam os norte-americanos a protelar continuamente o pagamento devido ao FMI de quase 200 toneladas de ouro. A dívida, com pagamento acordado há vários anos, advém de ajustes no sistema monetário – "Special Drawing Rights" (SDR's).
As preocupações do FMI sobre o pagamento norte-americano ter-se-iam avolumado recentemente. Nesta viagem Strauss-Kahn estaria na posse de informação relevante que indiciava que o ouro em questão já não existe nos cofres fortes de Fort Knox nem no NY Federal Reserve Bank.
Mas Strauss-Kahn terá cometido um erro fatal: ligou para o hotel, já da plataforma de embarque, pedindo que o telefone lhe fosse enviado para Paris, o que permitiu aos serviços secretos americanos agir nos últimos minutos. O resto dos factos são do conhecimento público.
Já em prisão domiciliária, em Nova Iorque, DSK terá pedido ajuda ao seu amigo Mahmoud Abdel Salam Omar, um influente banqueiro egípcio. Era muito importante, para fundamento da defesa, que o egípcio lhe conseguisse obter a informação privilegiada sobre a "mentira" do ouro, que DSK tinha deixado "voar" em NY, para justificar a teoria da perseguição. No entanto a intervenção voluntariosa do banqueiro egípcio saiu gorada. Dias depois Salam Omar foi igualmente preso nos Estados Unidos, também ele acusado de assédio sexual a uma empregada de hotel. Relatórios de diferentes serviços secretos internacionais convergem na conclusão: os factos que motivaram a prisão do egípcio são altamente improváveis, Salam Omar é um muçulmano convicto e um homem com 74 anos de idade.
A inversão de sentido na história da suite do Sofitel de NY começava aqui a ganhar consistência e outros factos viriam ajudar.
Em Outubro de 2009, Pequim terá recebido dos EUA cerca de 60 toneladas de ouro, num pagamento devido pelos americanos aos chineses, como acerto de contas no balanço de comércio externo.
Com a entrega, Pequim testou a genuinidade do ouro recebido tendo concluido que se tratava de "ouro falso". Eram barras de tungsténio revestido a cobertura de ouro. As 5.700 barras falsas estavam devidamente identificadas com chancela e número de série indicando a origem – Fort Knox, USA.
O congressista Ron Paul, candidato às eleições presidenciais de 2012, solicitou no final do ano passado uma auditoria à veracidade das reservas do ouro federal que foi rejeitada pela administração Obama.
Numa entrevista recente, questionado sobre a possiblidade de ter desaparecido o ouro federal de fort Knox, o congressista Ron Paul gelou os interlocutores respondendo liminarmente: "É bem provável!"
À "boca fechada" têm vindo, aqui e ali, a escapar informações, a avolumar-se incertezas sobre as reservas de ouro norte-americanas. Mas as notícias referentes aos fortes indícios que de o ouro seja apenas virtual têm colhido uma tímida atenção na comunicação social americana.
A "verdadeira história" por detrás da prisão de DSK, agora pública, consta de um relatório secreto preparado pelos serviços de segurança russos (FSB) para o primeiro-ministro Vladimir Putin. Talvez por isso Putin tenha sido o primeiro lider mundial a assumir publicamente a ideia de que DSK terá sido "vítima de uma enorme conspiração americana".
Estes factos, a confirmarem-se, em nada ilibam DSK na suspeição que sobre si recai do eventual crime de assédio sexual a uma empregada do hotel mas, quem sabe, essa possa revelar-se como a pequena e ingénua ponta de um grande iceberg.
A ser verdade, os serviços secretos norte-americanos, seguramente bem informados, terão sabido tirar partido das fraquezas do inimigo-alvo, aniquilando-o com eficácia cirurgica – um pequeno crime de costumes, tão ao gosto do imaginário popular, pode bem ter contribuido para abafar crimes de contornos bem mais sérios, por eliminação de testemunha ou de prova.
Entretanto DSK prepara activamente a defesa em tribunal arregimentando já um verdadeiro "crack team" de ex-espiões da CIA, investigadores, detectives e media advisors.

Vejam este video sobre as declarações do senador Ron Paul sobre o "ouro" de fort Knox [http://youtu.be/n2PJD0Vz8Tg]

Corrupção profunda na China deverá descambar em grave implosão económica e social

A China, o Império do Meio, é a quarta nação mais corrupta do mundo. Quem o diz é a organização Transparency International que, no link acima assinalado, dá uma descrição da amplitude do fenómeno infeliz, mas expectável. Apesar de tanto se apregoar o desenvolvimento da China, este baseia-se nos modelos ocidentais, hoje em dia seriamente incapazes de garantir um mundo economicamente estável e socialmente equilibrado.

terça-feira, 28 de junho de 2011

E. Coli e as tentações do Governo Global

O drama causado pela bactéria E. Coli não constitui surpresa. É mais uma manifestação da estratégia de alguns doentes mentais, e além disso supersticiosos, acreditando pertencerem a uma raça superior e que procuram dominar o mundo convertendo todos os demais a escravos. Leiam este artigo aparecido no link acima e que corre em Email. Em como no Brasil se encontra gente muito atenta.


 FONTE : http://www.anovaordemmundial.com/2011/06/e-coli-na-europa-evidencias-geneticas.html

E. Coli na Europa: Evidências Genéticas Mostram que a Super-Bactéria Foi Criada em Laboratório
(NaturalNews) Enquanto jogam a culpa de um lado para o outro na europa, onde uma cepa super resistente da bactéria Escherichia Coli (e. coli) está deixando as pessoas doentes e enchendo os hospitais na Alemanha, quase ninguém está falando sobre como a E. coli poderia magicamente ter se tornado resistente a oito diferentes classes de antibióticos e de`repente começado a aparecer no fornecimento de alimentos.

Esta variação particular de E.coli é parte da cepa O104 e esta cepa quase nunca é resistente a antibióticos. Para que elas possam adquirir esta resistência, elas devem ser repetidamente expostas a antibióticos a fim de exercer  uma "pressão de mutação", que as leva direção à imunidade completa contra os antibióticos.

Então, se você está curioso sobre as origens de tal cepa, você poderia basicamente fazer uma engenharia reversa do código genético da E. coli e determinar com bastante precisão a quais antibióticos ela foi exposta durante o seu desenvolvimento. Este trabalho já foi feito (leia mais abaixo), e quando você analisa a decodificação genética desta linhagem O104 que agora ameaça os consumidores de alimentos em toda a europa, um retrato fascinante emerge de como ela pode ter sido criada.

O Código Genético Revela a História

Quando os cientistas no Instituto Robert Koch da Alemanha decodificaram a composição genética da linhagem O104, eles descobriram que ela é resistente a todas

as seguintes classes e combinações de antibióticos:
• Penicilinas
• Tetraciclina
• Ácido nalidíxico
• Cotrimoxazol
• Cefalosporina
• Amoxicilina / ácido clavulânico
• Piperacilina-Sulbactam sódico
• Piperacilina-tazobactam

Além disso, esta linhagem O104 possui uma capacidade de produzir enzimas especiais que lhe dão o que poderia ser chamado de "superpoderes bacterianos", conhecida tecnicamente como ESBLs:

"Beta-lactamases de Espectro Estendido (ESBLs) são enzimas que podem ser produzidas por bactérias tornando-as resistentes às cefalosporinas, como por exemplo: cefuroxima , cefotaxima e ceftazidima - que são os antibióticos mais utilizados em muitos hospitais", explica a Agência de Proteção à Saúde do Reino Unido.

Além disso, esta linhagem O104 possui dois genes, o --TEM-1 e o CTX-M-15--, que "têm feito os médicos tremerem desde a década de 1990",  reportou o jornal londrino The Guardian. E por que é que elas fazem os médicos estremecerem? É porque elas são tão mortais que muitas das pessoas infectadas com estas bactérias são vítimas de falha dos órgãos críticos e simplesmente morrem.

Criando uma Super-bactéria Mortal

Então como exatamente que uma bactéria aparece do nada, que é resistente a mais de uma dúzia de antibióticos em oito diferentes classes de medicamentos e ainda apresenta duas mutações de genes letais, além de capacidades da enzima ESBL?

Há realmente apenas uma maneira de isso acontecer : você precisa expor essa cepa de E. coli a todas as oito classes de antibióticos. Normalmente, isso não é feito ao mesmo tempo, é claro: você primeiro precisa expô-la à penicilina e encontrar as colônias de sobreviventes que são resistentes à penicilina. Você então pega essas colônias sobreviventes e as expôe à tetraciclina. As colônias sobreviventes são resistentes à penicilina e tetraciclina. Em seguida, as expôe a um medicamento à base de sulfa e recolhe as colônias sobreviventes, e assim por diante. É um processo de seleção genética feita em laboratório, com um resultado desejado bem específico. Trata-se essencialmente como algumas armas biológicas são projetadas pelo Exército dos EUA em seu laboratório em Ft. Detrick, Maryland.

Embora o processo seja mais complicado do que isto, a conclusão é que a criação de uma cepa de E. coli que seja resistente a oito tipos de antibióticos requer repetidas e consistentes exposições a esses antibióticos. É praticamente impossível imaginar como isso poderia acontecer de forma espontânea no mundo natural. Por exemplo, se esta bactéria teve origem nos alimentos (como nos disseram), então onde é que ela adquiriu toda esta resistência aos antibióticos dado o fato que os antibióticos não são utilizados em vegetais?

Ao considerar a evidência genética que agora nos confronta, é difícil imaginar como isso poderia acontecer naturalmente. Embora a resistência a um antibiótico seja comum, a criação de uma cepa da E. coli que seja resistente a oito diferentes classes de antibióticos em conjunto simplesmente desafia as leis de permutação e combinação genética na natureza. Simplificando, esta cepa de super-bactéria E. coli não poderia ter sido criada na natureza. O que nos deixa com apenas uma explicação de onde ela realmente veio: um laboratório.

Tríade Hegeliana: Problema, Reação, Solução

As evidências apontam agora que esta cepa mortal da E.coli foi projetada em laboratório, e em seguida, foi liberada no abastecimento de alimentos ou de alguma forma escapou de um laboratório e entrou na cadeia alimentar inadvertidamente. Se você não concordar com essa conclusão, então você é forçado a concluir que esta super-bactéria octobióticas (imune a oito classes de antibióticos) se desenvolveu de forma aleatória por si só... e esta conclusão é muito mais assustadora do que a explicação da "bioengenharia" porque significa que super-bactérias octobióticas podem simplesmente aparecer em qualquer lugar a qualquer momento, sem justa causa. E esta seria com certeza uma teoria mirabolante.

Minha conclusão realmente faz mais sentido: Esta cepa de E. coli foi quase certamente criada em laboratório, e em seguida liberada no fornecimento de alimentos com uma finalidade específica. E qual seria o seu propósito?

É a velha tríade novamente sendo utilizada aqui: problema, reação e solução, conhecida também como dialética hegeliana. Primeiro causam um problema (a cepa mortal da bactéria E. coli no fornecimento de alimentos). Então, aguardam a reação do público (enorme clamor pois a população está aterrorizada pela E.coli). Em resposta a isso, decretam a sua solução desejada (o controle total sobre o abastecimento global de alimentos e interdição de brotos crus, leite cru e vegetais crus).

É disso que se trata, é claro. A FDA baseou-se no mesmo fenômeno nos EUA, ao empurrar para o seu recente "Ato de Modernização da Segurança Alimentar", que basicamente criminaliza as pequenas fazendas orgânicas familiares ao menos que elas lambam as botas dos reguladores da FDA. A FDA foi capaz de esmagar a liberdade de agricultura nos EUA, pegando carona no medo generalizado que seguiu os surtos de E.coli no abastecimento de alimentos dos EUA. Quando as pessoas têm medo, lembre-se, não é difícil fazê-las concordar com quase qualquer tipo de tirania regulamentar. E fazer as pessoas ficarem com medo de sua comida é uma questão simples... basta o governo enviar algumas notas pela sua acessoria de imprensa por e-mail à mídia corporativa afiliada.

Primeiro Proibem a Medicina Natural e Depois Atacam o Abastecimento de Alimentos

Agora, lembre-se: tudo isso está acontecendo na esteira da proibição de ervas medicinais e suplementos nutricionaisna União Européia - a proibição que descaradamente criminaliza terapias nutricionais que ajudam a manter as pessoas saudáveis e livres de doenças. Agora que todas estas ervas e suplementos estão proibidos, o próximo passo é fazer com que as pessoas fiquem também com medo de vegetais frescos. Isso porque os vegetais frescos são medicinais, e enquanto o público tiver direito a comprar vegetais frescos, poderão sempre evitar doenças.

Mas se você pode fazer as pessoas terem medo de vegetais frescos, ou até mesmo proibi-los totalmente, então você pode forçar a população inteira a uma dieta de alimentos mortos e  processados, que promovem doenças degenerativas e impulsionam os lucros das poderosa companhias farmacêuticas.

É tudo parte da mesma agenda, você verá: manter as pessoas doentes, negar-lhes acesso às ervas medicinais e suplementos, e em seguida, lucrar em cima do seu sofrimento nas mãos dos cartéis de drogas globais.

É claro que os transgênicos também desempenham um papel semelhante nesta história inteira: Eles são projetados para contaminar o abastecimento de alimentos com o código genético que causa infertilidade generalizada entre os seres humanos. E aqueles que são de alguma forma capazes de se reproduzir após a exposição aos transgênicos continuam a sofrer de doenças degenerativas que enriquece as empresas farmacêuticas durante os "tratamentos".

Você se lembra qual país foi alvo da E.coli recentemente? A Espanha. Por que a Espanha? Você deve se lembrar que os cabos que vazaram do Wikileaks revelaram que a Espanha resistiu à introdução de transgênicos no seu sistema agrícola, mesmo quando o governo dos EUA veladamente ameaçou com retaliação política por sua resistência. Esta falsa culpa da Espanha pelas mortes causadas pelo E. coli é provavelmente a retaliação pela falta de vontade da Espanha de saltar no "trem" dos transgênicos.

Essa é a verdadeira história por trás da devastação econômica dos agricultores de vegetais da Espanha. É um dos sub-roteiros que estão sendo seguidos paralelamente a este esquema da super-bactéria escherichia coli.

Alimentos como Armas de Guerra - Criados pela Indústria Farmacêutica?

Aliás, os culpados mais prováveis de terem criado esta cepa de E. coli são os grandes laboratórios farmacêuticos. Quem mais tem acesso a todos os antibióticos e os equipamentos necessários para gerenciar as mutações provocadas potencialmente a milhares de colônias de E.coli? As companhias farmacêuticas estão numa posição única para tanto executar esta tarefa quanto também lucrar com isso. Em outras palavras, eles têm os meios e as motivações para executar tais ações.

Além das empresas de remédios, talvez apenas os reguladores de doenças infecciosas têm este tipo de capacidade laboratorial. O CDC, por exemplo, provavelmente conseguiria fazer isto se eles realmente quisessem.

A prova de que alguém criou esta cepa de E. coli através de bioengenharia está escrita no DNA da bactéria. Isto é evidência forense, e o que isto revela não pode ser negado. Esta cepa foi submetida a repetida e prolongada exposição a oito diferentes classes de antibióticos, e depois de alguma forma conseguiram fazer com que ela aparecesse no abastecimento de alimentos. Como você consegue fazer isto se não for através de um planejamento bem feito realizado por cientistas desonestos? Não existe tal coisa como "mutação espontânea" para uma cepa que é resistente às 8 mais potentes classes de antibióticos que são vendidos pela indústria farmacêutica nos dias de hoje. Tais mutações têm que ser deliberadas.

Mais uma vez, se você não concordar com essa conclusão, então o que você está dizendo é que não, que isto não foi feito deliberadamente... aconteceu acidentalmente! E novamente, eu estou dizendo que é ainda mais assustador! Porque isso significa que a contaminação por antibióticos do nosso mundo agora está em um nível tão extremo de exagero que uma cepa de E. coli na natureza pode ser saturada com oito diferentes classes de antibióticos ao ponto em que se transforma naturalmente em uma super-bactéria mortal. Se as pessoas acreditam nisto, então isso é uma teoria mais assustadora do que a explicação da bio-engenharia!

Uma Nova Era Começou: Armas Biológicas na sua Comida

Mas em ambos os casos, não importa o que você acredita, a verdade simples é que o mundo está enfrentando uma nova era global de novas estirpes de bactérias que não podem ser tratadas com qualquer farmacêutico conhecido. Elas podem , é claro, ser facilmente mortas com prata coloidal, que é exatamente a razão da FDA e os reguladores de saúde terem atacado violentamente as empresas de prata coloidal por todos estes anos: eles não podem deixar o público ter em suas mãos antibióticos naturais que realmente funcionam. Isso colocaria por terra todo o propósito de fazer todo mundo doente em primeiro lugar.

Na verdade, essas cepas de super-bactérias E. coli podem ser muito facilmente tratadas com uma combinação de antibióticos naturais de plantas como o alho, gengibre, cebola e ervas medicinais. Além disto, pro-bióticos podem ajudar a equilibrar a flora do trato digestivo e "expulsar" qualquer bactéria mortal que aparecer. Um sistema imunitário saudável e o bom funcionamento do trato digestivo podem combater uma infecção pela super-bactéria E. coli, mas isso é outro fato que a comunidade médica não quer que você saiba. Não podemos esquecer também da importância da Vitamina D em manter o sistema imunitário funcional. Eles preferem muito mais que você continue a ser uma vítima indefesa deitada no hospital, esperando para morrer, sem opções disponíveis além dos perigosos "remédios" da indústria farmacêutica. Isto que é "medicina moderna". Eles causam os problemas que eles pretendem tratar, e então eles não vão nem tratá-lo com qualquer coisa que poderia realmente curá-lo.

Quase todas as mortes agora atribuídas a este surto de E.coli poderiam ter sido evitadas rápida e facilmente. Estas são as mortes da ignorância. Mas também são as mortes de uma nova era de armas biológicas baseadas em alimentos desencadeadas por um grupo de cientistas malucos, ou por alguma uma instituição seguindo uma agenda específica que declarou guerra contra a população humana.

Atualizações Sobre este Surto de E.Coli

• 25 mortes até agora já foram relatadas, sendo que  2.153 pessoas já adoeceram e possivelmente estão enfrentando falência renal.

• O Ministério da Agricultura da Alemanha anunciou que mesmo sabendo que a origem do surto é uma fazenda alemã de alimentos orgânicos, eles ainda não retiraram as advertências para que as pessoas evitem comer tomate e alface. Em outras palavras, mantêr o povo com medo! Isto sem falar que agora ficou claro que o alvo desta armação são as fazendas de alimentos orgânicos. Será que veremos muito em breve a Monsanto anunciar que criou sementes de vegetais imunes à esta bactéria? ;)

• "A variante alemã da E coli, conhecida como O104, é uma híbrida das cepas que podem causar diarréia sanguinolenta e danos nos rins chamada síndrome hemolítico-urêmica", relatou o Jornal The Independent.

• Um total de 13 nações européias registraram surtos da cepa de E. coli, principalmente por pessoas que haviam visitado o norte da Alemanha.

• Esta história é de um jornal alemão, e que sugere que o surto de E. coli pode ter sido um ataque terrorista. Sim, um ataque terrorista pelas companhias farmacêuticas em cima de pessoas inocentes, como de costume...

Fontes:
- Natural News: Forensic evidence emerges that European e.coli superbug was bioengineered to produce human fatalities
- Agência de Proteção de Saúde do Reino Unido: Extended-Spectrum Beta-Lactamases (ESBLs)
- The Guardian: The reason why this deadly E coli makes doctors shudder
- G1: Superbactéria pode ter saído de fazenda de alimentos na Alemanha
- The Independent: German beansprouts to blame as E coli death toll reaches 22
- Aerzte Zeitung: EHEC und das RKI - Behörde in der Kritik
- Wikileaks Brasil: EUA força França e Espanha a aceitar transgênicos


domingo, 26 de junho de 2011

Os Inimigos do Futuro

Extractos do imperdível livro de Daniel Inneraratti, "Em Defesa da Esperança Política"
[Tradução do Espanhol por Abrãao Zacuto com o intuito de informar e suscitar reflexão...]

"O ser humano é único no reino dos seres vivos que sabe que há futuro. Se os humanos se preocupam e esperam é porque sabem que o futuro existe, que este pode ser melhor ou pior e que tal depende de alguma forma deles. Mas saber isto não implica saber o que fazer com esse saber. Frequentemente o reprimem porque pensar no futuro distorce a comodidade da hora, que sabe ser mais poderosa que o futuro, porque está presente e porque é certo; o futuro, por sua vez, é algo que deve ser imaginado antecipadamente e, por isso mesmo, sempre é algo incerto. Dar-se bem com o seu próprio futuro não é tarefa fácil, pois que o instinto não nos garante a impossibilidade de nos equivocarmos; por isso é tão frequente que nos relacionemos mal com ele e temamos demasiado, ou esperemos contra toda a evidência, que nos preocupemos em excesso ou demasiado pouco, que não consigamos antecipá-lo ou configurá-lo na medida do possível.
Algo análogo sucede com as sociedades; também elas devem desenvolver essa capacidade de vislumbrar mais além do momento presente e também elas o fazem com desigual sorte. Boa parte dos nossos males e de nossa escassa racionalidade colectiva se deve ao facto de que as sociedades democráticas não se relacionam nada bem com o futuro. Em primeiro lugar, porque todo o sistema político e a cultura em geral estão voltados para o presente imediato e porque a nossa relação com o futuro colectivo não é de esperança e projecto, antes pelo contrário, é de precaução e improvisação. A partir dos anos stenta do passado século o futuro introduziu-se na nossa agenda, não porque queiramos configurá-lo mas porque se torna uma relaidade problemática: irrompem os limites do crescimento, as sombrias perspectivas ecológicas, se tematiza o risco, instala-se a crise da ideia de progresso...Os cidadãos se sentem cépticos face aos chamamentos para avançar até horizontes não imediatos e os políticos seguem comodamente esse jogo. De diversas maneiras hipotecamos socialmente o tempo futuro e exercemos sobre as gerações vindouras uma verdadeira expropriação temporal.
Está claro que não nos encntramos já na época da modernidade triumfante que desciplinou o futuro por meio de uma investigação metódica da natureza, a inovação tecnológica, a codificação do dereito e as instituições burocraticamente organizadas. Os procedimentos para dispor do futuro que as sociedades modernas desenharam parecem actualmente inúteis. Não é que antes o futuro fosse melhor, como sentenciaba ironicamente Karl Valentin, mas era mais claro. Há muitos factores que explicam o desvanecimento das velhas certezas em relação ao futuro. Cria mau estar a experiencia da mudança acelerada, mas sobretudo  saber que essa aceleração problematiza ainda mais a nossa capacidade de configurar o futuro de modo significativo. A nossa relação com o futuro é mais complexa, menos ingénua. A sociedade do risco necessita de outros instrumentos de antecipação sem os quais o futuro pode escapar-se-nos irremediavelmente.[...]"

terça-feira, 21 de junho de 2011

Portugal's bailout: reinventing the wheel

[Mais uma excelente análise por um economista.]

Portugal’s bailout: reinventing the wheel

Ricardo Cabral

The details of the EU/IMF-Portugal financial aid agreement (see draft Memorandum of Understanding on Specific Economic Policy Conditionality or MoU – available here) that were first made public seemed to suggest that the EC/ECB/IMF troika that negotiated it had finessed its strategy ever so slightly, and had learnt from the experiences of Greece and Ireland.
Instead, the agreement with Portugal, as laid out in the draft MoU, is overwhelming in scope. The implied message from the troika seems to be that the approach is failing in Greece and Ireland because it did not go far enough.
The agreement has important measures and impresses by its breadth. However, it also suggests that the troika may not have had the time to check their facts on issues such as, for example, external trade or on housing prices. Data collected by Carmen Reinhart and Kenneth Rogoff in a 2008 paper suggests that Portugal had one of the lowest housing price increases between 2002 and 2006 amongst 43 developed and developing countries. Therefore, one wonders why the troika imposed measures that make house buying more expensive at this stage of the cycle where numerous families are being forced to sell their homes either to avoid foreclosure or due to foreclosure on their mortgages.
More importantly, the agreement has serious issues of process and substance, of which four should be emphasized:
First, there is no discussion of the causes of this crisis, what led Portugal to this situation. It is like going to a doctor seriously ill, and coming back with no diagnosis of the illness but instead with 222 different prescriptions (the number of main action items in the MoU which runs to 34 pages, or roughly twice the length of action items in Greece and Ireland’s MoUs), hoping that some of the medicaments will work. They won’t. The patient’s health will worsen. Portugal faces a balance of payments and external debt crisis, rather than simply a sovereign debt crisis. Perhaps because the MoU does not identify the causes of the crisis, the policy response measures are misguided and likely to fail.
Moreover, given the sheer number of measures, there is no way that a future government, regardless of the party in power, will be able to fully meet the terms of the agreement. The government will likely miss several targets fairly early in the program and this will call its competence into question with its European Union partners, unnecessarily, but perhaps by design.
Second, the agreement does not ask nor respond to the question of who was responsible for what went wrong. One might argue it is neither possible nor relevant at this stage to do so. Quite in contrary, it is important to identify who erred because market economies are all about risk, reward, and punishment. It is also possible to find them. We just have to look for the proverbial elephant in the room.
Who are the largest debtors now unable to pay? Answer: in Portugal’s case, the government and the banks. So, they must have made mistakes. In this, the picture that emerges is similar to that found in Greece and in Ireland.
Who are the largest creditors now afraid of not getting their money back? Answer: large banks and insurers in a number of countries and the Eurosystem (ECB and Eurozone national central banks). In fact, the Eurosystem is the largest creditor of Portugal as well as of Greece and of Ireland’s banking systems and governments. So these creditors also made mistakes.
The consequences of the mistakes should be borne by those who made them. But it is not to be. Instead, the costs of the bailout are to be exclusively assumed by the Portuguese taxpayers and citizens. This is not the culture of merit and accountability the European Union deserves.
Third, the agreement focuses on the minutiae, on far too many wishful thinking ideas in a cross-section of areas from financial sector regulation and support, judicial system organization, to local and regional administration, to name a few. The large number of measures precludes any serious attempt to evaluate their individual effectiveness. Instead, the MoU should select the 20% of ideas with 80% of the economic impact (each with an economic impact above, say, €250 million per year) and thoroughly dissect each of them. Otherwise, it is simply obfuscation.
Finally, the policy measure with the largest economic impact is not correctly implemented. Specifically, in dealing with the Portuguese banks, whose combined liabilities represent 250% of GDP, the agreement does not adopt international best practice. This would have required, before any capital increase or guarantee, the introduction of a special bank resolution procedure (Special Resolution Regime with Prompt Corrective Action), like those available in the US and in the UK, for example. A strong and prompt bank resolution procedure would, among other things, impose losses on the creditors of failing banks and would force out failing banks’ management. Instead, the troika required the Portuguese taxpayer to further support the banking system with up to €47 billion (27.2% of GDP) between guarantees and capital increases.
Moreover, rather than replace failing banks' management, following, for example, the practice of the US FDIC, the MoU (p.7) states that the capital increases “will be designed in way that preserves the control of the management of the banks by their non-state owners”. That is, the taxpayer will likely recapitalize the private banking system, in effect nationalizing it, and yet management control will remain with the old owners. One possible explanation for the troika’s inaction on the banks Special Resolution Regime is the conflicts of interest faced by one of the troika members, the ECB. The ECB is a member of the Eurosystem, which would have faced large losses if a proper bank resolution procedure were adopted immediately.
The idea substantiated in the MoU that an entire country can be reengineered - notwithstanding its faults, the World’s 38th biggest economy - based on a 3-week 34-page outline is remarkable. The agreement seeks to reinvent the wheel and in the meantime destroy what does work. This treatment of Iceland, Hungary, Latvia, Greece, Ireland, and Portugal is beginning to seem like the West’s version of China’s Great Leap Forward: impossible targets based on but pure ideology. It is simply too sad to watch.

Mais elementos para uma reflexão sobre a economia

Basicamente o mundo caminhou desprevenido para a situação em que se encontra porque confiou ingenuamente nas doutrinas económicas dominantes. Por que raio deveria agora acreditar que essas mesmas ideias conseguirão tirá-lo do buraco em que se encontra, quando elas persistem num tão grande desconhecimento das realidades das economias contemporâneas?
João Pinto e Castro

João Pinto e Castro escreveu na semana passada no Negócios um artigo de opinião de leitura muito recomendável onde recupera algumas das principais criticas às teorias económicas dominantes e aos seus praticantes. Vinca, em particular, a forma despreocupada como a microeconomia e muitos dos seus fundamentalistas se refugiam em modelos e se demitem de questionar e conhecer a realidade.

O debate em torno dos falhanços da economia e dos economistas "dominantes" vai já longo, como nos lembra o embate de 2009 entre John Cochrane e Paul Krugman. Enquanto jornalista, uma das dimensões desta discussão que JPC recupera e que me detém mais tempo é uma dúvida muito prática: em que economistas confiar?

Este problema é da maior relevância para um jornalista de economia, já que a sua existência apenas se justifica pelo mandato atribuído pelos leitores para que procure, no limite das suas capacidades, descrever com bom-senso a realidade económica. Assim, quem ouvir e que relevância atribuir às várias posições sobre, por exemplo, a necessidade de reestruturar a dívida pública na Grécia ou sobre as probabilidades de sucesso dos programas de ajustamento dos países periféricos?

Não haverá respostas cabais sobre esta questão. Mas uma boa regra poderá ser, para cada economista, procurar conhecer os contributos que foi dando ao longo dos anos para a reflexão económica. Por exemplo: com que humildade enfrenta as muitas limitações da sua ciência e o que fez para as ultrapassar; ou com que coragem e consistência marcou o seu percurso face às modas e opiniões dominantes.

Considerando questões, e especificamente sobre a Zona Euro, há um economista que se destaca, quer pelos contributos académicos para a melhoria da sua profissão (veja-se, por exemplo, este artigo de 2008 sobre as limitações do famosos modelos dinâmicos estocásticos de equílibrio geral), quer por alguns dos seus textos de opinião escritos sobre o projecto de moeda única - e a este respeito aqui ficam excertos de um impressionante texto que assinou no Financial Times. Foi há 13 anos, em 1998 (tradução minha):

Suponham que um país, a que arbitrariamente chamamos Espanha, experimenta um “boom” mais forte que no resto da Zona Euro. Como resultado desse boom, a Produção e os preços crescem mais em Espanha do que em qualquer outro país. Isto conduz também a um “boom” no mercado imobiliário e uma inflação generalizadas dos activos em Espanha.
Como o BCE olha para informação ao nível da Zona Euro, não pode fazer nada para restringir as condições expansivas em Espanha. De facto, é até provável que a existência de uma união monetária intensifique a inflação dos activos em Espanha. Sem risco cambial grandes quantidades de capital são atraídos vindos da restante zona euro.
Os bancos espanhóis, que ainda dominam o mercado espanhol, são puxados para o jogo e aumentam o crédito concedido. São a isso estimulados pelas altas taxas de rendibilidade dos preços sempre crescentes dos activos, e pelo facto de, numa união monetária poderem pedir dinheiro emprestado à mesma taxa de juro que os bancos alemães, franceses, etc...
Depois “boom” vem o rebentamento. Os preços dos activos colapsam, creado uma crise no sistema bancário espanhol.

Vale a pena ler todo o artigo de Paul De Grauwe, onde, em plena euro-euforia, se fundamenta por que é que a Europa pode sofrer uma crise financeira semelhante à Asitática do final dos anos 90. Qualquer semelhança com a realidade não é coincidência. É economia.

Resultados das Legislativas de 2011

Veja os resultados das legislativas no sítio da rtp.

sábado, 11 de junho de 2011

Portugal: que futuro?!

Este pequeno enclave ocidental a que chamamos Portugal vive tempos muito dificeis, resultado de uma governação corrupta, falta de quadro competentes e uma mentalidade que só uma educação sistemática e esclarecida poderia eliminar. Os eleitores penalizaram o P(N)S graças a uma lucidez in extremis, mas tal não irá impedir de José Sócrates ser premiado pelo Regime que o colocou à frente do pior governo na história recente de Portugal. As consequências são de tal ordem que merecia no futuro estudos aprofundados sobre o que permitiu esta sequência de acontecimentos, para que se permita balizar o que jamais deverá ser feito a um povo: destruiu-se a dignidade do professor, do médico, do jurista; acicatou-se a discórdia entre colegas de qualquer profissão, desviando-se a energia que deveria ser conduzida para mudar o que mal está; precarizou-se o emprego, ao mesmo tempo que se ocupava lugares de liderança com amigaços do partido e familiares, e assim impedindo que os talentos naturais que o país tem pudessem adquirir o poder que deveriam ter para engrandecer o país; colocaram-se em lugares de decisão determinados sujeitos claramente com a tarefa de ocultar toda a espécie de crimes, que nunca foram resolvidos; etc, etc, etc. Só um governo profundamente pérfido pode deixar um povo interrogando-se sobre qual o futuro que lhe está destinado!...O Presidente da República também, a meu ver, Abraão Zacuto, não cumpriu nem cumpre o seu papel, permitindo a perpetração de um autêntico crime contra os Portugueses. Um povo esmagado pelo peso do Estado, instrumento de extorsão para benefício de alguns, a Banca e grandes grupos económicos. A História quiçá o julgará, assim como todos os responsáveis desta calamidade, quando houver neste país sociólogos e historiadores com faculdade para o julgar (porque é notório que não há, não se ouvem, nem se lêem), já que para nós, desprezados escravos de um império global, só nos resta sermos perseguidos pela justiça (sendo hilariante pois ela é paga por todos nós, para nos perseguir...que trágico destino!).
Porém, no mundo inteiro tem vindo a emergir uma consciência global dos abusos de um sistema de governação baseado no excessivo poder de um pequeno número de famílias que fazem indevidamente deste planeta uma coutada privada. Em Portugal também assim tem sido ao longo de séculos, mas agora surge a necessidade histórica de uma bifurcação que se avizinha, do rompimento com este modelo de sub-desenvolvimento. Sabe-se com muita clareza quem são os atores, quais os seus desígnios, o que eles não querem fazer deste país. Esta nova realidade que se apresenta para todos nós, fará dos atuais modelos de governação, marionetes insustentáveis, que levará inevitavelmente à implosão do sistema capitalista selvagem que é característico dos nossos tempos. Nem grupos de Bilderberg, nem maçonarias escônditas, nem monarquias modernas, parecem estar esclarecidas, ou terem a lucidez suficiente para resolver o que se avizinha. O que presenciamos todos, face ao imenso teatro do mundo onde cada um desempenha o seu papel, é uma extrema loucura de alguns, plenos discípulos da via filosófica da violência, avareza e ambição.
É neste contexto que impende sobre o novo governo de Pedro Passos Coelho um dramático momento histórico que ditará o futuro de Portugal, faz séculos que é apenas um insiginificante ator marginal na esfera do mundo. O que clama à evidência é: ou o povo ganha o direito que naturalmente tem de ter qualidade de vida, ou este país converte-se numa turba de escravos, incultos, incapazes, colónia de potências superiores.

-Abraão Zacuto.

Portugal tem futuro?

Portugal tem futuro?


por
Nuno Valério
Professor do ISEG
31 Maio 2006
Tem-se tornado habitual nos últimos anos em Portugal encarar a sociedade portuguesa como uma sociedade sem futuro, quer a nível colectivo quer a nível individual. Generalizou-se a ideia de que somos uma sociedade em empobrecimento relativo, se não mesmo absoluto, sem perspectivas de empregar produtivamente os seus membros activos nem de proporcionar pensões condignas ao seus membros em idade de reforma.
É claro que o mundo mudou e as suas mudanças condicionam a sociedade portuguesa de modos que não faziam geralmente parte das expectativas e dos planos dos portugueses. Expansão demográfica de base fisiológica, existência de uma economia nacional, ausência de constrangimentos supranacionais à soberania política e casticismo cultural são, para o bem e para o mal, estruturas do passado. Para ter futuro, a sociedade portuguesa tem de adaptar-se a uma demografia cuja base fisiológica estagnou, a uma economia mergulhada numa economia europeia que adquiriu muitas características de uma economia nacional e numa economia mundial cujas regiões são cada vez mais interdependentes, a uma vida política em que os órgãos de soberania são em grande medida meros interlocutores em negociações internacionais cujos resultados se nos imporão de bom ou mau grado, a uma aculturação constante com outras sociedades; e os portugueses têm de adaptar-se a uma sociedade portuguesa com essas estruturas.
Porém, nada disto significa que Portugal se torne necessariamente mais pobre, mesmo em termos relativos, sobretudo em termos absolutos; nada disto significa que Portugal não possa ter actividades económicas capazes de proporcionar ocupação e rendimento aos seus cidadãos activos e transferências aos seus cidadãos inactivos. Significa, todavia, que a sociedade portuguesa tem de modificar algumas das suas instituições e os portugueses têm de modificar alguns dos seus comportamentos e expectativas, para que seja possível a sociedade portuguesa continuar a ser uma sociedade altamente desenvolvida e próspera no contexto mundial.
Preservação dos recursos naturais, melhor preparação dos recursos humanos, investimento em capital físico e aperfeiçoamento das instituições serão possivelmente os quatro tópicos em que poderão resumir-se os desafios da mudança indispensável para que a sociedade portuguesa não entre num processo efectivo de decadência. Talvez o último aspecto seja o mais difícil dos quatro. Isto porque frequentemente aparece como algo que, real ou supostamente, prejudica grupos de interesse com algum poder de resistência à mudança. Encontrar forma de vencer essas resistências à mudança institucional será, por isso, a questão crucial da vida portuguesa dos próximos tempos.

Portugal: análise perfeita

Portugal: Análise perfeita

21.04.2011 | Fonte de informações:

Pravda.ru

Ponta Delgada, 10 de Abril de 2011

Os políticos do chamado "Arco do Poder" continuam a ceder aos interesses espúrios do agiotismo internacional. Não cremos que sejam ignorantes e menos ainda, inocentes. A última cartada socrática de solicitar ajuda financeira ao FEEF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira), onde a presença tutelar do FMI é inelutável, demonstra como a nossa Elite Politica não tem quaisquer escrúpulos de natureza patriótica quando se trata de obedecer às ordens do Sistema Financeiro Internacional, de que a banca portuguesa, incluindo o Banco de Portugal, segue caninamente. Veja-se que o próprio Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu, "pressionou" os bancos portugueses a fazerem um ultimato ao Governo de José Sócrates no sentido deste pedir ajuda financeira, conforme tem sido noticiado...
A este respeito, se alguém ainda tem dúvidas sobre a honorabilidade dos banqueiros portugueses, e sobre a sua articulação "descarada" com os Centros do Capital Financeiro Internacional, deve deixar de as ter, porque é tão óbvio que só um distraído não as percebe... Ao menos estes acontecimentos põem a nu uma realidade que os homens de mão do sistema desdenham, procurando reduzir ao ridículo os que há muito denunciam a existência de uma Elite Global a comandar o destino da Humanidade e que tem no Sistema Financeiro Internacional o principal instrumento de submissão dos povos.
A decisão da banca portuguesa de cortar o crédito ao Estado, para além de imoral e até inédita, é a prova acabada de que o Interesse Nacional não é uma prioridade na sua escala de valores. Os banqueiros portugueses morderam de facto a mão de quem os tem sempre ajudado. Da última vez, final de 2008, o governo disponibilizou cerca de 9 mil milhões de Euros em avales para suprir problemas de liquidez nos bancos, tendo inclusive nacionalizado um banco falido, BPN (Banco Português de Negócios), que usou e abusou de aplicações financeiras de alto risco. O Governo justificou a sua decisão com a necessidade de garantir um "clima de confiança"... Do nosso ponto de vista, trata-se de um argumento no mínimo falacioso, que será mais tarde substituído por outro, não menos eufemístico, "a acalmia dos mercados", que tanto se evoca para justificar as medidas discricionárias que se tomam na defesa do Sistema Financeiro Internacional. Por que será que o agiotismo está sempre tão deprimido, carecendo de tratamento psiquiátrico? Será por má consciência dos seus actos?
Na verdade, o Estado, ao longo da História, sempre procurou satisfazer os "caprichos" da banca, como se fosse uma "Prima-dona"... Com o advento do Neoliberalismo, abandonou a sua função histórica de apoio ao investimento produtivo, logo social, e deu lugar à "Industria Maldita" da especulação financeira, como alguém recentemente muito bem classificou, tendo a partir daí se tornado muito mais refinada nas suas exigências... Desde logo exigindo um tratamento de excepção em matéria de tributação. O Estado perdoa-lhe cerca de 1/3 do IRC, imposto sobre os lucros, da taxa que exige sem remissão aos agentes de qualquer outra actividade empresarial. Mais, tal imposto é calculado sobre resultados depurados de lucros obtidos em investimentos colaterais, nomeadamente nas off-shores. Daí que seja possível aos banqueiros apresentarem lucros em tempo de crise, ao mesmo tempo que diminuem, percentualmente, a sua contribuição para os cofres da Fazenda Pública, como recentemente foi anunciado. Tal, além de imoral, mostra como a actividade bancária está a trabalhar em "roda livre", sem qualquer receio de censura da opinião pública e menos ainda dos Governos. Fica assim claro que o sector bancário é a actividade económica privada mais protegida pelo Estado, funcionando em cartel e em regime de oligopólio, o que contradiz flagrantemente o espírito da Economia de Mercado que tanto se defende e apregoa. Pudera! Tal protecção contrasta com a ausência de verdadeiras políticas de apoio financeiro e económico às forças do Trabalho. Veja-se como o comércio da quinquilharia chinesa no nosso mercado destruiu a pequena e média indústria e o comércio do ramo. Veja-se como a entrada de grandes superfícies comerciais de Capital Estrangeiro destruiu o comércio a varejo de milhares de portugueses. Se alguém ainda tem dúvidas do que acabamos de afirmar, basta olhar para os números das falências e do subsequente desemprego, que já roça os 700 mil trabalhadores, que assistimos desde que os sucessivos governos escancararam a porta à Globalização Económica. Alguém já viu algum banco português encerrar as portas por causa da concorrência externa?
Estas contradições são apenas aparentes e visam o mesmo, cujo sentido não pode ser percebido pelo incauto. Estão eivadas de um sinistro calculismo político e apresentam-se como algo "natural" inelutável... Contudo os mais argutos já perceberam que há uma correlação directa entre uma banca cada vez mais protegida pelos sucessivos governos nacionais e o desinvestimento na Economia, com o consequente destruição do Estado Social. A propaganda de convencimento da opinião pública faz o resto... Dá que pensar, não?
A sanha especulativa conta também com a distracção do Estado, para não lhe chamarmos outra coisa... Vejamos. O crescimento da Dívida Pública interessa sobremaneira aos investidores, institucionais ou não, do chamado Mercado de Derivados Financeiros sobre Obrigações do Tesouro, um segmento muito procurado pelos especuladores financeiros. Os bancos privados começam a saga especulativa emprestando dinheiro ao Estado a taxas entre 6% a 10%, conforme o período de maturação, que tomam do BCE a 1%. Poucas vezes o Banco Central Europeu fê-lo directamente e quando o fez, as taxas foram sempre superiores a 1%. Por quê? Os deuses que respondam... E não se contentam apenas com os juros que sobem à medida que as agências de notação financeira baixam o "rating" dos devedores. Lançam naquele mercado "papéis" sobre os créditos tomados pelo Governo, onde oferecem rendimentos supimpas entre 18% a 36%, ou mais, no curto prazo, concorrendo inclusivamente com o próprio Estado, já que este também vende Títulos do Tesouro, mas obviamente com rendimentos muito inferiores. Aqui se levanta a questão: como podem pagar tão aliciante remuneração, em tão curto espaço de tempo? A resposta só um orago a pode dar... Sem querermos ser maldizentes, dá para perceber porque os banqueiros e os especuladores de todos os matizes acarinham tanto as off-shores, que é uma autêntica lavandaria de dinheiro de proveniência ilícita. É só somar 2 e 2...
A lógica do Sistema Financeiro Internacional não vai no sentido de ajudar o desenvolvimento das Economias Nacionais para que possam honrar as Dividas Soberanas. Trata-se de um vil engano. Na verdade o que se pretende é o contrário, ou seja, criar dependências aos Estados para que estes mantenham aquele a funcionar indefinidamente. E os Governos, solícitos, não se fazem de rogados, embora gritem pelo "interesse nacional e patriótico". Enganam-se portanto aqueles que julgam haver alguma "bondade" no "auxílio" financeiro que tanto os "especialistas" de serviço reclamam. As instituições financeiras, como o FMI, apenas procuram garantir aos bancos o retorno dos créditos e da rendibilidade destes, nos prazos estabelecidos, independentemente dos custos económicos e sociais que possam causar. O maior medo dos credores é terem que renegociar as dívidas, naquilo que se chama "Reestruturação da Dívida", porque perdem a rendibilidade expectável dos créditos disponibilizados e, como são Sociedades Anónimas, não podem frustrar a expectativa de dividendos dos accionistas. Não vêm pois para nos ajudar, mas para extorquir aos rendimentos do Trabalho recursos tangíveis que valorizem o seu património mobiliário, Capital que em grande parte só existe num monitor de computador... e acentuar a dependência financeira dos Estados.
O incrível disto tudo é que os bancos conseguem financiar os Estados sem praticamente gastar um tostão do seu bolso... Primeiro, através da chamada Reserva Fraccionada, que lhes permite emprestar cerca de 10 vezes dos valores em depósito, o que significa que ganham dinheiro tangível, juros, com dinheiro que não existe de facto... usando e abusando da confiança que todos nós depositamos neles, ou seja, criam dinheiro do nada... Segundo, no caso do FEEF, que inclui o FMI, os fundos criados são gerados pelas quotas de cada Estado Membro, valores que, por sua vez, são retirados aos impostos dos contribuintes. Significa que uma quota-parte do financiamento que o Governo está a negociar com aquelas instituições é paga pelos portugueses com o seu Trabalho. Ora toma, que é democrático!
Esta dependência financeira dos Estados, sobretudo os de economia mais débil, como a de Portugal, também interessa ao eixo Franco-Alemão, preocupado que está com o valor da Moeda Única e com a integridade da sua Economia. Daí os recados e reprimendas da "premier" alemã Ângela Merkel ao Governo perdulário de José Sócrates. A consequência mais danosa para a Economia Nacional, desde que Portugal se integrou no Mercado Comum Europeu, foi a destruição do nosso aparelho produtivo, que levou ao encerramento de muitas actividades económicas que hoje bastante falta nos fazem para combater a actual Crise Económica. Tal situação foi ainda agravada com a adesão ao Euro, uma moeda alienígena e sobrevalorizada administrativamente pelo BCE, o banco emissor. Como importamos mais que exportamos, o mercado interno tem uma carência permanente de divisas. Ora, se por acaso o país deixasse de receber financiamento externo, os exportadores alemães, franceses e outros ficavam a ver navios... Daí todo o interesse que Portugal não entre de facto em ruptura financeira, mas apenas que não retome a sua Economia... havendo pois uma gestão da nossa dependência externa no sentido de não prejudicar esses interesses, feita com a conivência dos políticos do chamado "Arco do Poder", que sempre foram "testas de ferro" do Sistema Financeiro Internacional.
Mas não somente a Direita e o Centro Esquerda têm contribuído para chegarmos ao caos financeiro que vivemos. A Esquerda também tem ajudado ao regabofe... Sob bonitas bandeiras sociais na defesa dos trabalhadores e dos mais carenciados, sem olhar a custos, mais não faz que criar "entropias" à Economia Nacional e nesse sentido faz o jogo da Oligarquia Financeira Internacional. No fundo, conscientemente ou não (Estamos em crer que a maioria dos seus militantes age de boa fé...), está a aumentar a procura do lado dos recursos, enquanto aquela, provocando sistematicamente a escassez de meios monetários, aumenta a dependência de Portugal em relação aos Centros Internacionais de Capital Financeiro. Vide por exemplo, as sucessivas greves, nomeadamente em empresas com participações de Capital Público, num momento de grave falta de dinheiro nos Cofres do Estado. Será que os Sindicatos não percebem a insensatez dessa luta? Não cremos. O curioso é que nos países, como na antiga URSS, na Coreia do Norte, na China e em Cuba, tais bandeiras não passam de uma miragem, onde as greves a existirem são fortemente reprimidas, para não falar da falta de Liberdade Politica e outras, sendo certo que também do lado do Capitalismo, o Estado Social é mitigado cada vez mais, pelo que "quanto pior, melhor"...
Artur Rosa Teixeira
(artur.teixeira1946@gmail.pt)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Financial Times arrasa Sócrates

*Wolfgang Munchau no Financial Times (09.05.2011)*



"*The political reason this crisis goes from bad to worse is an unresolved
collective action problem. Both sides are at fault. The tight-fisted,
economically illiterate northern parliamentarian is as much to blame as the
southern prime minister who cares only about his own backyard. The Greek
government played it relatively straight but Portugal's crisis management
has been, and remains, appalling.*

*José Sócrates, prime minister, has chosen to delay applying for a financial
rescue package until the last minute. His announcement last week was a
tragi-comic highlight of the crisis. With the country on the brink of
financial extinction, he gloated on national television that he had secured
a better deal than Ireland and Greece. In addition, he claimed the agreement
would not cause much pain. When the details emerged a few days later, we
could see that none of this was true. The package contains savage spending
cuts, freezes in public sector wages and pensions, tax rises and a forecast
of two years' deep recession.*

*You cannot run a monetary union with the likes of Mr Sócrates, or with
finance ministers who spread rumours about a break-up. Europe's political
elites are afraid to tell a truth that economic historians have known
forever: that a monetary union without a political union is simply not
viable. This is not a debt crisis. This is a political crisis. The eurozone
will soon face the choice between an unimaginable step forward to political
union or an equally unimaginable step back. We know Mr Schäuble has
contemplated, and rejected, the latter. We also know that he prefers the
former. It is time to say so.*"

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*Sócrates arrasado em artigo no "Financial Times"*



O jornal britânico "Financial Times" acusa o Primeiro-ministro português de
só querer saber "do seu quintalzinho" e de ter adiado até ao último minuto o
anúncio sobre o pedido de ajuda.

Numa crónica assinada por Wolfgang Munchau, o ponto alto da crise foi o
anúncio *"trágico-cómico" *da semana passada de José Sócrates, que, com o
país à beira da extinção fi nanceira, apareceu nas televisões nacionais a
elogiar o acordo fi rmado com a *troika*.

O cronista lembra ainda as garantias do Primeiro-ministro de que o acordo
não iria trazer grande sofrimento, desmentidas dias depois: o plano prevê
grandes cortes na despesa, congela salários e pensões, aumenta impostos e
prevê dois anos de recessão.

Por isso, conclui que o problema da Europa é político, não económico: "A
razão política pela qual esta crise vai de mal a pior é um problema de
actuação colectiva que continua por resolver. Ambos os lados têm falhado.

O deputado avarento e economicamente iletrado do Norte da Europa é tão
responsável como o primeiro-ministro do Sul da Europa que só se preocupa com
o seu quintalzinho. O Governo grego comportou-se de forma relativamente
correcta, mas a forma como Portugal tem gerido, e continua a gerir, a crise
é assustadora".

Na opinião de Munchau, a Zona Euro vai confrontar-se, em breve, com uma
escolha, porque, "como os historiadores económicos sabem desde sempre, uma
união monetária sem uma união política não é viável".

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A Política da Mentira

Deixo-vos aqui esta tradução para reflectir e se auto-educar para as eleições de 5 de Junho...

Excerto da Introdução do livro "La Politique du Mensonge", de Roger-Gérard Schwartzenberg.
[Tradução livre de Abrão Zacuto]

«Podemos continuar assim? E a política pode ela continuar o que ela é a maioria das vezes hoje? Esta experiência e artifício de ilusão que corrói a confianca na democracia. Na vida pública, daqui para a frente apercebida como espaço dos sinulacros e estratagemas. Como um jogo de traições e de falsas aparências. Fora da realidade. Da verdade.
Quem pode beneficiar deste mal-estar e deste descrédito, esta perda de confiança nas instituições públicas? Senão os defensores das soluções extremas? Se não os adversários da democracia que vemos por todo o lado a trabalhar como nos anos 1930?
Podemos nós ir de deriva em deriva? Ontem, já assim era, o Estado espectáculo. Hoje, a política mentirosa.
Desde há vários anos, a sociedade política tornou-se um lugar de atuação. Um universo de representação. E mesmo quase uma empresa de exibição permanente.
Com a personalzação crescente do poder, o "star system" ganhou a vida pública, desde então centrado em torno daqueles que disputam o primeiro papel. Retratos gigantes em posters, grandes planos de televisão, slogans de publicidade: todo um mundo de aparências suplanta a realidade.
A vida política tornou-se num show mediatizado. Assim vai a média política. A política feita sobre medida pelos media. Aquela que transforma os cidadãos em espectadores constrangidos de um poder sempre em representação. Em testemunhos passivos de uma classe política engajada num exercício de ostentação.
O Estado espectáculo, já instalado desde há muitos anos, transforma a democracia em parada. Em encenação. Mas não corrompe necessariamente. Concerteza, o espectáculo é permanente, mas não é sempre simulacro. Concerteza, há sempre exibição, mas nem sempre há truques. Vontade deliberada de enganar. De iludir.
Tal não é o caso de outra deriva, mais lamentavel ainda, que se desenvolve actualmente no seio do sistema do parecer, tornada comédia das aparências.
Hoje em dia, a mentira invade cada vez mais a política. E relega a verdade para fora dos muros da democracia. Como uma categoria tornada arcaica ou obsoleta. Inadaptada aos tempos presentes.
No fundo, sempre existiu duas concepções da política. Para uns, esta se confunde com a ética; ela é a aplicação da moral na condução das sociedades. Para outros, discípulos mais ou menos conscientes de Maquiavel, a política é um jogo de astúcias e de trapaça, um exercício de mentira e simulação.
A primeira tradição, que poderemos designar «política verdade», fundamenta-se sobre a sinceridade do discurso e o respeito pelo cidadão. Probidade, lealdade, rigor. Para ela, a democracia é antes de mais um código moral. Nada de política sem ética. Séneca ou Montesquieu não estão longe.
A segunda concepção, que poderemos chamar «política mentira», é a sua antítese. Aí, o poder toma-se e exerce-se pelo engano, pela trapaça. Está nos antípodas da moral comum. Aí, para tomar o poder e governar, não se trata mais de convencer pela franqueza do propósito e rectidão dos argumentos, mas do abusar. De iludir. Como se a vida pública torna-se em parada de sedução ou comércio de ilusões.
Esta segunda visão prevalece hoje em dia. Com ela, a política torna-se fogo de artifício. E, por vezes, exercício de impostura. Palavras e imagens e suportes: tudo parece se combinar para melhor enganar o público.
Palavras, palavras, palavras. A política torna-se a arte das falsas confissões. Das falsas promessas. E dos falsos sermões.
Em lugar de informar com franqueza os eleitores sobre as verdadeiros questões, ela é com frequência um exercício de fuga face à realidade. Tão prosaica. Frente à realidade. Tão constrangedora.
Cavalete e um planalto: as campanhas eleitorais regorgitam de promessas ilusórias e de previsões otimistas. Deixando na sombra as dificuldades e os constrangimentos do real. Para cultivar o sonho. «Sonhos, mentiras», como diz o provérbio.»