A peça de Samuel Beckett "Esperando por Godod" reflecte bem a nossa impaciência para com o estado das coisas no mundo. Nesta peça satírica, os dois personagens Vladimir e Estragon esperam em vão por Godot, alguém que nem eles próprios conhecem ao certo...É mais uma vez hoje uma situação muito pertinente...
Outrora, no espírito da cavalaria medieval, exaltou-se a honra e a glória. No Renascimento, a luta pela honra adquiriu o estatuto de ideologia dominante. A mais pura concepção do desejo de glória como justificação de vida encontrou-se depois no Séc. XVII. Corneille retratou bem esses personagens e os seus feitos que acabam sempre falhados, e ele seguramente contribuiu para o espectacular declíneo do ideal aristocrático. E hoje em dia? O ideal está em ganhar dinheiro, estamos na época do endeusamento do dinheiro, tudo o mais não interessa, a não ser o material. A humanidade inteira está hoje dependente de "gestores bem pagos", de homens de colarinha branco negociando nas bolsas, um bando de parasitas. Nada produzem, vivem à custa de quem trabalha e gera riqueza produzindo e criando, mas esses parasitas jogam com as bolsas em todo o mundo, bolsa que desce, bolsa que sobe, e entretanto todas as economias do mundo a esvairem-se, e o povo sofrendo, como se todo o problema se reduzisse a uma mula de carga sem dono que a alimente...Quem trabalha nas fábricas, quem estuda e investiga, quem trabalha a terra e contribui com o seu trabalho, atenção, dedicação e conhecimento, foi atirado para a escala mais baixa da sociedade. Não vale nada! Mas ser bolsista, gestor, banqueiro, construtor especulador, isso sim, "they are the men!". Esses são os modernos deuses do Templo. Bravo!
Para a infelicidade da maioria de todos nós, por enquanto só nos resta a indignação! Sabe-se que há algumas individualidades a pensar em soluções para esta desgraça mundial, global, intelectuais, cientistas, cidadãos responsáveis, mas em nada resulta porque estão em número incipiente. Não são ouvidos, nem há ideia clara do caminho a seguir. A seguir... temos esta história que se faz todos os dias, o ditame dos políticos (a quem só interessa a carreira e o dinheiro que fazem com ela à nossa custa), o Estado que com eles "engordou" (!) e nos vai progressivamente asfixiando, sem que consigamos vislumbrar o que fazer. Em Madrid, na Plaza del Sol, permanecem os "indignados", a aproximação "zero" a quelaquer problema. E o que fazer a seguir? O que todos nós devemos fazer a seguir que garanta um futuro melhor, mais tranquilo, em que se valorize quem trabalha e se põe no calabouço quem rouba (político ou ladrão)? Qual o futuro do Estado, do aparelho de Governo, claramente um "aparelho" destinado a esmagar o Homem, a impedir o progresso, mecanismo de extorsão e escravização?
Entretanto vão-se ouvindo algumas vozes clamando que só uma grande catástrofe poderá varrer esta náusea toda que nos infesta a alma: virá a famina ou uma guerra generalizada, que dizimará centenas de milhões. Uma tragédia tal que a humanidade percebará de uma vez por todas que há que mudar de rumo, há que mudar os valores, de perspectiva, se queremos um dia recuperar a nossa dignidade! Qual o argumento? Dantes havia o mecanismo das guerras, houve a primeira e o marasmo que havia desapareceu, houve a Segunda Guerra Mundial e um Plano Marshall para a Europa que relançou a sua economia. E agora? Uma guerra nuclear está fora de questão, morreríamos todos. Quem ganhasse, ganharia uma vitória de Pirro.
E entristece-me ouvir este zum-zuns. Pergunto: não haverá outra solução, mais calma, menos violenta? Se for inevitável que haja sacrificados, se tiverem que morrer centenas de milhões, não seria mais justo que morressem talvez alguns milhões, os parasitas da sociedade?
No nosso país, claramente há muito tempo sem gente capaz em número suficiente para gerir o bem comum, o que vemos é este tipo de "medidas": o António Costa, socialista (!), vai abrir portangens à entrada da capital; é o ministro tal que sobe o imposto do gás e da electricidade de 6 para 23 %...Francamente, enquanto houver maneira de nos virem "sacar" dinheiro, eles irão fazê-lo, até que chegue o dia em que estaremos todos com trabalho garantido, mas em dívida para com o Estado, e sem podermos fugir a esse esmagador abraço, porque haverá a "autoridade férrea" que perseguirá... tal como os pequenos escravos que pululam no nosso grande país irmão, gentes sem-terras para sobreviverem, mas em dívida para com o seu patrão...
Aqui está um pouco, apenas um pouco da "indignação" sentida por um cidadão!
Abrãao Zacuto!
Outrora, no espírito da cavalaria medieval, exaltou-se a honra e a glória. No Renascimento, a luta pela honra adquiriu o estatuto de ideologia dominante. A mais pura concepção do desejo de glória como justificação de vida encontrou-se depois no Séc. XVII. Corneille retratou bem esses personagens e os seus feitos que acabam sempre falhados, e ele seguramente contribuiu para o espectacular declíneo do ideal aristocrático. E hoje em dia? O ideal está em ganhar dinheiro, estamos na época do endeusamento do dinheiro, tudo o mais não interessa, a não ser o material. A humanidade inteira está hoje dependente de "gestores bem pagos", de homens de colarinha branco negociando nas bolsas, um bando de parasitas. Nada produzem, vivem à custa de quem trabalha e gera riqueza produzindo e criando, mas esses parasitas jogam com as bolsas em todo o mundo, bolsa que desce, bolsa que sobe, e entretanto todas as economias do mundo a esvairem-se, e o povo sofrendo, como se todo o problema se reduzisse a uma mula de carga sem dono que a alimente...Quem trabalha nas fábricas, quem estuda e investiga, quem trabalha a terra e contribui com o seu trabalho, atenção, dedicação e conhecimento, foi atirado para a escala mais baixa da sociedade. Não vale nada! Mas ser bolsista, gestor, banqueiro, construtor especulador, isso sim, "they are the men!". Esses são os modernos deuses do Templo. Bravo!
Para a infelicidade da maioria de todos nós, por enquanto só nos resta a indignação! Sabe-se que há algumas individualidades a pensar em soluções para esta desgraça mundial, global, intelectuais, cientistas, cidadãos responsáveis, mas em nada resulta porque estão em número incipiente. Não são ouvidos, nem há ideia clara do caminho a seguir. A seguir... temos esta história que se faz todos os dias, o ditame dos políticos (a quem só interessa a carreira e o dinheiro que fazem com ela à nossa custa), o Estado que com eles "engordou" (!) e nos vai progressivamente asfixiando, sem que consigamos vislumbrar o que fazer. Em Madrid, na Plaza del Sol, permanecem os "indignados", a aproximação "zero" a quelaquer problema. E o que fazer a seguir? O que todos nós devemos fazer a seguir que garanta um futuro melhor, mais tranquilo, em que se valorize quem trabalha e se põe no calabouço quem rouba (político ou ladrão)? Qual o futuro do Estado, do aparelho de Governo, claramente um "aparelho" destinado a esmagar o Homem, a impedir o progresso, mecanismo de extorsão e escravização?
Entretanto vão-se ouvindo algumas vozes clamando que só uma grande catástrofe poderá varrer esta náusea toda que nos infesta a alma: virá a famina ou uma guerra generalizada, que dizimará centenas de milhões. Uma tragédia tal que a humanidade percebará de uma vez por todas que há que mudar de rumo, há que mudar os valores, de perspectiva, se queremos um dia recuperar a nossa dignidade! Qual o argumento? Dantes havia o mecanismo das guerras, houve a primeira e o marasmo que havia desapareceu, houve a Segunda Guerra Mundial e um Plano Marshall para a Europa que relançou a sua economia. E agora? Uma guerra nuclear está fora de questão, morreríamos todos. Quem ganhasse, ganharia uma vitória de Pirro.
E entristece-me ouvir este zum-zuns. Pergunto: não haverá outra solução, mais calma, menos violenta? Se for inevitável que haja sacrificados, se tiverem que morrer centenas de milhões, não seria mais justo que morressem talvez alguns milhões, os parasitas da sociedade?
No nosso país, claramente há muito tempo sem gente capaz em número suficiente para gerir o bem comum, o que vemos é este tipo de "medidas": o António Costa, socialista (!), vai abrir portangens à entrada da capital; é o ministro tal que sobe o imposto do gás e da electricidade de 6 para 23 %...Francamente, enquanto houver maneira de nos virem "sacar" dinheiro, eles irão fazê-lo, até que chegue o dia em que estaremos todos com trabalho garantido, mas em dívida para com o Estado, e sem podermos fugir a esse esmagador abraço, porque haverá a "autoridade férrea" que perseguirá... tal como os pequenos escravos que pululam no nosso grande país irmão, gentes sem-terras para sobreviverem, mas em dívida para com o seu patrão...
Aqui está um pouco, apenas um pouco da "indignação" sentida por um cidadão!
Abrãao Zacuto!
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