segunda-feira, 30 de maio de 2011

Crónica de Urbano Tavares Rodrigues


URBANO TAVARES RODRIGUES

Pertenço a uma geração que se tornou adulta durante a II Guerra Mundial. Acompanhei com espanto e angústia a evolução lenta da tragédia que durante quase seis anos desabou sobre a humanidade. Desde a capitulação de Munique, ainda adolescente, tive dificuldade em entender porque não travavam a França e a Inglaterra o III Reich alemão. Pressentia que a corrida para o abismo não era uma inevitabilidade. Podia ser detida. Em Maio de 1945, quando o último tiro foi disparado e a bandeira soviética içada sobre as ruínas do Reichstag, em Berlim, formulei como milhões de jovens em todo o mundo a pergunta «Como foi possível?» Hitler suicidara-se uma semana antes. Naqueles dias sentíamos o peso de um absurdo para o

qual ninguém tinha resposta. Como pudera um povode velha cultura, o alemão, que tanto contribuíra para o progresso dahumanidade, permitir passivamente que um aventureiro aloucado exercesse durante 13 anos um poder absoluto. A razão não encontrava explicação para esse absurdo que precipitou a humanidade numa guerra apocalíptica (50 milhões de mortos) que destruiu a Alemanha e cobriu de escombros a Europa? Muitos leitores ficarão chocados a por evocar, a propósito da crise portuguesa, o que se passou na Alemanha a partir dos anos 30. Quero esclarecer que não me passa sequer pela cabeça estabelecer paralelos entre o Reich hitleriano e o Portugal agredido por Sócrates. Qualquer analogia seria absurda. São outros o contexto histórico, os cenários, a dimensão das personagens e os efeitos. Mas hoje também em Portugal se justifica a pergunta «Como foi possível?» Sim. Que estranho conjunto de circunstâncias conduziu o País ao desastre que o atinge? Como explicar que o povo que foi sujeito da Revolução de Abril tenha hoje como Primeiro-ministro, transcorridos 35 anos, uma criatura como José Sócrates? Como podem os portugueses suportar passivamente há mais de cinco anos a humilhação de uma política autocrática, semeada de escândalos, que ofende a razão e arruína e ridiculariza o Pais perante o Mundo? O descalabro ético socrático justifica outra pergunta: como pode um Partido que se chama Socialista (embora seja neoliberal) ter desde o início apoiado maciçamente com servilismo, por vezes com entusiasmo, e continuar a apoiar, o desgoverno e despautérios do seu líder, o cidadão Primeiro-ministro? Portugal caiu num pântano e não há resposta satisfatória para a permanência no poder do homem que insiste em apresentar um panorama triunfalista da política reaccionária responsável pela transformação acelerada do país numa sociedade parasita, super endividada, queconsome muito mais do que produz. Pode muita gente concluir que exagero ao atribuir tanta responsabilidade pelo desastre a um indivíduo. Isso porque Sócrates é, afinal, um instrumento do grande capital que o colocou à frente do Executivo e do imperialismo que o tem apoiado. Mas não creio neste caso empolar o factor subjectivo. Não conheço precedente na nossa História para a cadeia de escândalos maiúsculos em que surge envolvido o actual Primeiro-ministro. Ela é tão alarmante que os primeiros, desde o mistério do seu diploma de engenheiro, obtido numa universidade fantasmática (já encerrada), aparecem já como coisa banal quando comparados com os mais recentes.

O último é nestes dias tema de manchetes na Comunicação Social e já dele se fala além fronteiras. É afinal um escândalo velho, que o Presidente do Supremo Tribunal e o Procurador-geral da República tentaram abafar, mas que retomou actualidade quando um semanário divulgou excertos de escutas do caso Face Oculta. Alguns despachos do procurador de Aveiro e do juiz de instrução criminal do Tribunal da mesma comarca com transcrições de conversas telefónicas valem por uma demolidora peça acusatória reveladora da vocação liberticida do governo de Sócrates para amordaçar a Comunicação Social. Desta vez o Primeiro-ministro ficou exposto sem defesa. As vozes de gente sua articulando projectos de controlo de uma emissora de televisão e de afastamento de jornalistas incómodos estão gravadas. Não há desmentidos que possam apagar a conspiração. Um mar de lama escorre dessas conversas, envolvendo o Primeiro-ministro. A agressiva tentativa de defesa deste afunda-o mais no pântano. Impossibilitado de negar os factos, qualifica de «infame» a divulgação daquilo a que chama «conversas privadas». Basta recordar que todas as gravações dos diálogos telefónicos de Sócrates com o banqueiro Vara, seu ex-ministro foram mandadas destruir por decisão (lamentável) do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, para se ter a certeza de que seriam muitíssimo mais comprometedoras para ele do que as «conversas privadas» que tanto o indignam agora, divulgadas aliás dias depois de, num restaurante, ter defendido, em amena «conversa» com dois ministros seus, a necessidade de silenciar o jornalista Mário Crespo da SIC Noticias. Não é apenas por serem indesmentíveis os factos que este escândalo difere dos anteriores que colocaram José Sócrates no banco dos réus do Tribunal da opinião pública. Desta vez a hipótese da sua demissão é levantada em editoriais de diários que o apoiaram nos primeiros anos e personalidades políticas de múltiplos quadrantes afirmam sem rodeios que não tem mais condições para exercer o cargo. O cidadão José Sócrates tem mentido repetidamente ao País, com desfaçatez e arrogância, exibindo não apenas a sua incompetência e mediocridade, mas, o que é mais grave, uma debilidade de carácter incompatível com a chefia do Executivo. Repito: como pode tal criatura permanecer como Primeiro-ministro? Até quando, Sócrates, teremos de te suportar? "Como explicar que o povo que foi sujeito da Revolução de Abril tenha hoje como Primeiro-ministro, transcorridos 35 anos, uma criatura como José Sócrates? Como podem os portugueses suportar passivamente há mais de cinco anos a humilhação de uma política autocrática, semeada de escândalos, que ofende a razão e arruína e ridiculariza o País perante o Mundo?"

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Carta ao grande povo Alemão


Meu caro povo Alemão,

Compreendo que a Sra. Merkel tenha procurado tranquilizar a vossa preocupação com o destino dado ao pecúlio esforçadamente ganho por todos vós. A ideia geral que os povos do norte da Europa têm sobre os povos do Sul não é, porém, justa. Reconhecemos certamente que algo falhou na nossa evolução enquanto povo, enquanto país (ou melhor, reconhecemos hoje, como uma "espécie de país"). Pagamos assim ingloriamente o termo-nos permitido ser governados por gente canalha, sem preparação para governar, sem esse propósito sequer (ó, se assim fosse...).

Acreditem que queremos reconquistar a nossa dignidade, mas para tal conseguirmos descomunais obstáculos se interpõem no nosso caminho: teremos que conceber um novo sistema político; depurar os instrumentos de poder da gente incapaz que lá está por compadrio, incompetente e maldosa. É quanto basta para mudar Portugal.

Para que acreditem na sinceridade do que aqui vos digo, convido-vos, grande povo alemão, a trocarmos de postos de trabalho durante (apenas) um mês. Vocês vêm para cá, ocupam as nossos lugares, sob a orientação das nossas chefias, dos nossos “líderes”. E nós fazemos o mesmo, indo trabalhar durante esse mês de provação, sob o olhar atento dos vossos “chefes”. Nós, Portugueses, sentiremos uma alívio enorme longe de gente sem carácter nem formação. E vocês, quando comentarem sobre Portugal, certamente melhor nos compreenderão, conhecerão as raízes do mal.

Durante esse mês poderão tentar conhecer os nossos "chefes", os nossos “líderes”, o que eles pensam da vida, o respeito que nutrem pelas pessoas (nenhum, não sabem o que isso é), o respeito que mostram ter pelo trabalho (e sem dificuldade compreenderão porque querem eles serem chefes...), qual a sua preparação profissional (incompetência generalizada), a sua arrogância (escondendo conscientemente com essa atitude toda a sua fraude), como são organizados os concursos para admissão de pessoal e para progressão na carreira (uma vergonha criminosa), ou a recompensa que dão a quem se esforça (não matam com um tiro, são mais sofisticados, simplesmente deixam apodrecer quem não pertence à “pandilha”). E o que fazem aos talentos? Aos génios que poderiam erguer este pobre país? Só para vos dar alguns exemplos chocantes: 1) Bento de Moura Portugal, segundo um dos vossos grandes cientistas, o cientista alemão Osterrieder, que escreveu textualmente:

... "depois do grande Newton em Inglaterra, só Bento de Moura em Portugal.!"

Pois “apodreceu” na prisão porque os nossos “líderes” não suportavam a inveja que sentiam por ele. 2) o nosso grande poeta, Luis Vaz de Camões, termina a ode a este pequeno grande país com a palavra "inveja." Morreu na miséria; 3) Fernando Pessoa, morreu de cirrose hepática relativamente novo, publicou em vida apenas dois livros, a obra desconhecida até há relativamente pouco tempo. As últimas palavras que escreveu foram em Inglês «I know not what future will bring...» (O que isto quererá dizer?...)

Com a crise de 1383 o país entendeu que “navegar é preciso", e debandámos pelo mundo fora, pois a fome era tanta...Foram os Descobrimentos.

Por todos estes factos históricos e alguma sofrida reflexão, acredito que o governo deste país se mostre incapaz num dado momento de resolver a profunda e trágica crise. Porque vejam bem, o dinheiro que aí vem da colecta feita no vossos país, do FMI, etc, irá directo para os bolsos sujos dos nossos corruptos. Eles continuam aí, à frente dos ministérios, das grandes empresas, controlam a comunicação social, usam os nossos impostos para se sustentarem e reduzirem à miséria um povo por demais sofrido.  Nada mudou nem mudará sem a grande mudança que este pequeno Portugal tanto necessita. Se procurarmos seguir um raciocínio lógico, como poderemos acreditar em mudança, que esta crise não fica por aí, eternamente, tal como existe há pelo menos 300 anos. Temos que nos livrar desta corrupta sacanagem que tanta vileza tem trazido. E só do estrangeiro nos poderá vir essa salvação moral...Talvez aí nos possam (verdadeiramente) ajudar.

E não, não julguem que só na Sicília é que há a Máfia organizada. Em Portugal a Máfia tem uma sofisticação tal que nem dela se chega a falar na comunicação social. Este país é dirigido por máfias organizadas faz alguns séculos. A Revolução dos Cravos apenas agravou o fenómeno. Este conclave da Europa é gerido por um pequeno grupo de famílias, organizado numa pirâmide que chega até às pequenas tribos familiares, que fazem o trabalho mais sujo, aparecem nos jornais, são ocasionalmente difamados por processos de corrupção que não são resolvidos, ficando todos, no final e depois de um bruto desgaste do erário público, numa impunidade total. Para cúmulo, este conclave tem sido dirigido por um partido que se proclama Partido Socialista, um exemplo vivo de autêntica usurpação de ideais, se é que eles sabem o que é um ideal. Vocês compreenderão facilmente este fenómeno, pois também tiveram um partido nacional-socialista, que tanta desgraça vos trouxe (embora ocasionalmente se ouçam algumas almas perdidas saudarem Heil Hitler, acreditando que esse ideal tenha sucumbido em 1945...basta reflectir um pouco para nos darmos conta que não, que ele foi apenas apoderado por outras mãos).

Por hoje é tudo.

Deste vosso grande admirador,

Abrão Zacuto

O trágico legado dos socialistas em Portugal

Legado do PS, José Sócrates e do Socialismo... um modelo de Governo criminoso para Portugal...


...e meditem nestes FACTOS:


1 - Pior dívida pública dos últimos 160 anos (mesmo não incluindo PPPs e empresas públicas).

2 - Pior taxa de desemprego dos últimos 90 anos (duplicou em 6 anos)

3 - Maior dívida externa dos últimos 120 anos

4 - Dívida externa bruta em 1995 de 40% do PIB

5 - Dívida externa bruta em 2010 de 230% do PIB

6 - Dívida externa líquida em 1995 de 10% do PIB

7 - Dívida externa líquida em 2010 de 110% do PIB

8 - DÍVIDA PÚBLICA em 2005 = 82.000.000.000€

9 - DÍVIDA PÚBLICA em 2010 = 170.000.000.000€

10 - Últimos 10 anos = 3º país do mundo com PIOR CRESCIMENTO ECONÓMICO (atrás do Haiti e Itália)

11 - Últimos 10 anos = 4º país do mundo com MAIOR CONTRACÇÃO de DÍVIDA.

12 - Actualmente no 4º lugar do TOP dos PAÍSES DO MUNDO EM RISCO de BANCARROTA

13 - Em 2011 só PORTUGAL, Grécia e Costa do Marfim estarão em recessão no MUNDO

14 - Em 2012 só PORTUGAL estará em recessão no MUNDO.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Eduardo Catroga defende a mobilidade total

Eduardo Catroga defende a mobilidade total. Um professor de Setúbal pode ser convidado a trabalhar nas Finanças no Porto.
Como o compreendo. Um homem habituado à mobilidade como ele, quer a solidariedade dos outros.
Vejamos: Eduardo Catroga tão depressa é presidente do Grupo Sapec (uma empresa que tem como maior accionista o grupo Luso Hispanic Investement, patrioticamente sediado no Luxemburgo); como vai a correr para vogal do Conselho de Administração da Nutrinveste (Compal, Frize, Nicola, Fula, Clarim, etc etc); acelera como membro do Conselho Geral e de Supervisão da EDP (percebem agora de onde veio a peregrina ideia de privatizar a Rede Eléctrica Nacional?) e ainda derrapa mas não cai na qualidade de membro não-executivo do Conselho de Administração do Banco Finantia (nunca ouviram falar? e na Sofinloc, sua subsidiária, especialista no crédito para que o povo tenha um carro novo? e na Sofinloc IFIC, o segundo maior agente de seguros em Portugal? e nas Ilhas Caimão onde o Finantia tem uma delegação para desviar mais uns milhões ao pagamento de impostos?). Nos momentos de ócio ainda recentemente encabeçou a lista vencedora nas eleições para o Conselho Leonino.
Tudo isto se compreende num homem que aufere uma reforma de 9693 euros, classe média, portanto.
Sigamos pois não o cherne mas o exemplo de quem ainda negoceia tudo e menos alguma coisa em nome do PSD, e é o candidato natural a ministro das Finanças num governo do Grupo Mello, cargo que já ocupou nos idos de Cavaco Silva, tendo sido o primeiro a colocar a dívida pública acima dos 60% do PIB. Isto é que é um político de primeira, carago.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Poema de agradecimento à corja

               *Poema de agradecimento à corja **

Obrigado, excelências.
Obrigado por nos destruírem o sonho e a oportunidade
de vivermos felizes e em paz.
Obrigado
pelo exemplo que se esforçam em nos dar
de como é possível viver sem vergonha, sem respeito e sem
dignidade.
Obrigado por nos roubarem. Por não nos perguntarem nada. ***

*Por não nos darem explicações.
Obrigado por se orgulharem de nos tirar
as coisas por que lutámos e às quais temos direito.
Obrigado por nos tirarem até o sono. E a tranquilidade. E a alegria.
Obrigado pelo cinzentismo, pela depressão, pelo desespero.
Obrigado pela vossa mediocridade.
E obrigado por aquilo que podem e não querem fazer.
Obrigado por tudo o que não sabem e fingem saber.
Obrigado por transformarem o nosso coração numa sala de espera.
Obrigado por fazerem de cada um dos nossos dias
um dia menos interessante que o anterior.
Obrigado por nos exigirem mais do que podemos dar.
Obrigado por nos darem em troca quase nada.
Obrigado por não disfarçarem a cobiça, a corrupção, a indignidade.
Pelo chocante imerecimento da vossa comodidade
e da vossa felicidade adquirida a qualquer preço.
E pelo vosso vergonhoso descaramento.
Obrigado por nos ensinarem tudo o que nunca deveremos querer,
o que nunca deveremos fazer, o que nunca deveremos aceitar.
Obrigado por serem o que são.
Obrigado por serem como são.
Para que não sejamos também assim.
E para que possamos reconhecer facilmente
quem temos de rejeitar.
*
*Joaquim Pessoa*
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[image: http://pt.netlogstatic.com/p/oo/018/191/18191593.jpg]

*Joaquim Pessoa nasceu no Barreiro em 1948.
Iniciou a sua carreira no Suplemento Literário Juvenil do Diário de Lisboa.
O primeiro livro de Joaquim Pessoa foi editado em 1975 e, até hoje, publicou
mais de vinte obras incluindo duas antologias. Foram lhe atribuídos os
prémios literários da Associação Portuguesa de Escritores e da Secretaria de
Estado da Cultura (Prémio de Poesia de 1981), o Prémio de Literatura António
Nobre e o Prémio Cidade de Almada.
Poeta, publicitário e pintor, é uma das vozes mais destacadas da poesia
portuguesa do pós 25 de Abril, sendo considerado um "renovador" nesta área.
O amor e a denúncia social são uma constante nas suas obras, e segundo David
Mourão Ferreira, é um dos poetas progressistas de hoje mais naturalmente de
capazes de comunicar com um vasto público.
Bibliografia: "O Pássaro no Espelho", "A Morte Absoluta", "Poemas de
Perfil", "Amor Combate", "Canções de Ex cravo e Malviver", "Português
Suave", "Os Olhos de Isa", "Os Dias da Serpente", "O Livro da Noite", "O
Amor Infinito", "Fly", "Sonetos Perversos", "Os Herdeiros do Vento",
"Caderno de Exorcismos", "Peixe Náufrago", "Mas.", "Por Outras Palavras", "À
Mesa do Amor", "Vou me Embora de Mim".*

Medidas para salvar Portugal

Quer que aconteça um milagre económico no nosso país?


*Então deixe-se de seguir dissertações de economistas ao serviço de interesses,
que não os nossos! *

*Não se deixe mais manipular pelo marketing!
Faça aquilo que os políticos, por razões óbvias, não lhe podem recomendar
sequer, mas que individualmente você pode fazer: torne-se PROTECCIONISTA da
nossa economia!

Para isso:

1. Experimente comprar preferencialmente produtos fabricados em Portugal.
Experimente começar pelas idas ao supermercado (carnes, peixe, legumes,
bebidas, conservas, preferencialmente, nacionais). Experimente trocar,
temporariamente, a McDonald's, ou outra qualquer cadeia de fast food, pela
tradicional tasca portuguesa. Experimente trocar a Coca Cola à refeição, por
uma água, um refrigerante, ou uma cerveja sem álcool, fabricada em Portugal.
Beba apenas vinho Português!

2. Adie por 6 meses a 1 ano todas as compras de produtos estrangeiros, que
tenha planeado fazer, tais como automóveis, TV e outros electrodomésticos,
produtos de luxo, telemóveis, roupa e calçado de marcas importadas, férias
fora do país, etc., etc..

Leia com atenção e reencaminhe para que sejamos muitos a ter esta atitude!

Portugal afundou, somos enxovalhados diariamente por considerações e
comentários
mais ou menos jocosos vindos de várias paragens, mas em particular dos
países mais ricos.*

*Olham-nos como um fardo pesado incapaz de recuperar e de traçar um rumo de
desenvolvimento.

Agora, mais do que lamentar a situação, cabe-nos dar a resposta ao mundo
mostrando de que fibra somos feitos para podermos recuperar a nossa
auto-estima e o nosso orgulho. Nós seremos capazes de ultrapassar esta
situação difícil. Vamos certamente dar o nosso melhor para dar a volta por
cima, mas há atitudes simples que podem fazer a diferença.

O desafio é durante seis meses a um ano evitar comprar produtos fabricados
fora de Portugal. Fazer o esforço, em cada acto de compra, de verificar as
etiquetas de origem e rejeitar comprar o que não tenha sido produzido em
Portugal, sempre que existir alternativa.

Desta forma, estaremos a substituir as importações que nos estão a arrastar
para o fundo e apresentaremos resultados surpreendentes a nível de
indicadores de crescimento económico e consequentemente de redução de
desemprego. Há quem afirme que bastaria que, cada português, substituísse em
somente 100 ¤ mensais as compras de produtos importados, por produtos
fabricados no país, para que o nosso problema de falta de crescimento
económico ficasse resolvido.
Representaria para a nossa indústria, só por si, um acréscimo superior a
12.000.000.000 de euros por ano, ou seja uma verba equivalente à da construção
de um novo aeroporto de Lisboa e respectivas acessibilidades, a cada 3
meses!!!

Este comportamento deve ser assumido como um acto de cidadania, como um acto
de mobilização colectiva, por nós, e, como resposta aos povos do mundo que
nos acham uns coitadinhos incapazes.*

*Os nossos vizinhos Espanhóis há muitos anos que fazem isso. Quem já viajou
com Espanhóis sabe que eles, começam logo por reservar e comprar as
passagens, ou pacote, em agencia Espanhola, depois, se viajam de avião,
fazem-no na Ibéria, pernoitam em hotéis de cadeias exclusivamente Espanholas
(Meliá, Riu, Sana ou outras), desde que uma delas exista, e se encontrarem
uma marca espanhola dum produto que precisem, é essa mesma que compram, sem
sequer comparar o preço (por exemplo em Portugal só abastecem combustíveis
Repsol, ou Cepsa). Mas, até mesmo as empresas se comportam de forma
semelhante! As multinacionais Espanholas a operar em Portugal, com poucas
excepções, obrigam os seus funcionários que se deslocam ao estrangeiro a
seguir estas preferências e contratam preferencialmente outras
empresas espanholas,
quer sejam de segurança, transportes, montagens industrias e duma forma
geral de tudo o que precisem, que possam cá chegar com produto, ou serviço,
a preço competitivo, vindo do outro lado da fronteira. São super
proteccionistas da sua economia! Dão sempre a preferência a uma empresa ou
produto Espanhol! Imitemo-los nós no futuro!

Passe este texto para todos os seus endereços para chegarmos a todos os
portugueses.
Quando a onda pegar, vamos safar-nos.

Será um primeiro passo na direcção certa!
Viva Portugal. *

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Claro que Diogo Leite Campos não é aldrabão

*Ainda não está no governo ...*

O senhor Diogo Leite Campos quer acabar com os subsídios - subsídio de renda
ou abono de família - sem saber onde realmente gastam os beneficiários o
dinheiro. Não deixa de ser um raciocínio económico estranho, já que a
despesa - os filhos ou a casa - estão lá. Para resolver o problema, quer
fazer como se faz com os mendigos: dá-se-lhes uma sandes em vez do dinheiro.
Através de um cartão de débito e recorrendo a instituições de caridade, como
"albergues" ou a "sopa dos pobres". A leitura de Oliver Twist, de Charles
Dickens, pode ajudar a perceber o modelo social de Leite Campo.



Num excelente almoço organizado pela Câmara do Comércio e Indústria Luso
Francesa, onde perorou sobre a pobreza, Leite Campos explicou que "quem
recebe os benefícios sociais são os mais espertos e os aldrabões e não quem
mais precisa".



Seria impensável eu dizer que o senhor Leite Campos é um "aldrabão". Longe
de mim pôr em causa a honorabilidade de tão distinta figura. Os insultos, já
se sabe, são coisa que deixamos para os miseráveis. O direito ao bom nome
vem com o cartão de crédito e quem não o traz na carteira só pode deixar de
ser suspeito se lhe derem um cartão de débito. Os pobres são, até prova em
contrário, mentirosos. Como não insulto o senhor, fica apenas este facto:
estando ainda a trabalhar, já recebe uma reforma do Banco de Portugal.
Quando se retirar da Universidade de Coimbra, juntará o que recebe já hoje
ao que receberá dali. Acumulará duas reformas vindas do Estado.



Seria um argumento "ad hominem" atacar o professor Leite Campos, competente
fiscalista, por causa das suas duas reformas. Dizer que ele é "esperto" e
que gasta recursos do Estado que podiam ir "para quem mais precisa".
Espertos são os pobres que ficam com os trocos. Quem consegue acumular
reformas por pouco trabalho é inteligente. Os pobres enganam o Estado, os
outros têm direitos. Os pobres roubam o contribuinte, os outros têm
carreiras. Fico-me por isso pelos factos: a reforma que o senhor Leite
Campos recebe do Banco de Portugal resulta de apenas seis anos de trabalho
naquela instituição.



Cheira-me que se a generalidade dos portugueses recebesse reformas, estando
ainda no ativo, por seis anos de trabalho e as pudesse acumular com outras
dispensaria bem o abono de família e até o cartão de débito para ir à sopa
dos pobres.



Aquilo que realmente está esgotar o crédito da minha paciência é ver tanto
"esperto" que vive pendurado nas mordomias do Estado a dar lições de ética
aos "aldrabões" que recebem subsídios miseráveis. É mais ou menos como dizia
o outro. Já chega. Não gosto de tanto cinismo. É uma coisa que me chateia,
pá.



Sobre os subsídios, Leite Campos disse: "O dinheiro não é do Estado, é
nosso. Quem paga somos nós. Nós, contribuintes, temos direito a ter a
certeza que o nosso dinheiro é bem entregue. Eu estou disposto a pagar 95
por cento do que ganho para subvencionar os outros, mas quero ter a certeza
que é bem empregue, e que não vai parar ao bolso de aldrabões". Sobre as
escandalosas reformas do Banco de Portugal, faço minhas as palavras do
vice-presidente do PSD

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Atenção ao Powerline

--- Mensagem original ---

O Prof. Augusto Albuquerque que eu conheço e que assina o texto abaixo, foi meu

professor de Telecomunicações no IST e é uma pessoa de grande idoneidade e de

muito conhecimento na matéria, está na União Europeia já lá vão muitos anos, sendo

Director do IST na Área de Projectos para a Sociedade de Informação.

[ ] s.../
Ricardo Vidigal da Silva

A SER VERDADE (E PARECE QUE O É), SERÁ MAIS UM ATENTADO À

SAÚDE DE TODOS NÓS!!!

(Penso que isto deverá ser objecto de estudo dos especialistas na

matéria...)

- Mais uma desgraça para a humanidade!

POWERLINE é um novo sistema de distribuição de Internet e

telefone digital, através da rede eléctrica. Em Portugal a ONI está a

desenvolver este sistema em algumas zonas de Lisboa, mas ainda

em fase experimental.

O POWERLINE funciona da seguinte maneira:

Nos postos de transformação da EDP são instalados os servidores

de Internet e telefone digital, estes servidores transmitem o sinal

em altas-frequências (HF) com potência suficiente para percorrer a

rede eléctrica até chegar às casas dos consumidores.

Nas casas dos consumidores são instalados modems próprios para

POWERLINE, estes modems são ligados a uma tomada de

electricidade para emitirem também para a rede da EDP sinais de

altas-frequências (HF) com potência suficiente para conseguirem

chegar aos servidores instalados nos postos de transformação da

EDP.

Portanto os sinais de POWERLINE passam a circular pelos cabos

da EDP, cabos esses que não têm qualquer blindagem (não são

cabos coaxiais), então os sinais de alta-frequência saem dos cabos e

são irradiados para o ar passando a estar presentes em toda a

parte.

Estes sinais são em altas-frequências em banda larga, entre os 8000

KHz e os 30000 KHz. Diz-se que os cabos eléctricos que

transportam electricidade a 50 Hz já fazem mal à nossa saúde, há

quem proteste por ter as suas casas debaixo de cabos de alta tensão

que mais uma vez chamo à vossa atenção, são cabos que

transportam 50 Hz, agora imaginem com o POWERLINE passam

a circular altas-frequências de 8000 KHz aos 30000 KHz por toda a

parte, porque estas frequências por serem muito elevadas saem dos

cabos e vão para o ar atingindo-nos a todos nós !!! Este sistema é

altamente perigoso para os humanos, assim como para todos os

outros animais, ou seja este sistema provoca o CÂNCRO.

A leucemia tornar-se-á uma doença muito comum em grande parte

da população das grandes cidades onde o POWERLINE estará em

funcionamento!

Mas não ficamos por aqui, além de ser muitíssimo perigoso para a

nossa saúde, também trará muitos outros problemas, como

interferências nas nossas televisões, mesmo para quem tem TV

Cabo, interferências enormes nos nossos receptores de rádio,

telefones, intercomunicadores, walkie-talkies, etc...

Estas interferências poderão mesmo acabar com a escuta de rádio

por completo.

Para os cibernautas: não queiram a Internet por este sistema, além

de ter todas as desvantagens que já mencionei, é um serviço de

Internet péssimo, cheio de falhas e muito instável, devido às muitas

interferências que circulam por toda a rede eléctrica, interferências

de electrodomésticos, lâmpadas fluorescentes, todo o tipo de

motores, fábricas, etc...

Se querem Internet com qualidade, usem os serviços de ADSL que

são os melhores em todos os aspectos.

O POWERLINE foi proibido na Alemanha, Itália, Japão e outros

países
.

Perante tal ameaça, vamos ficar de braços cruzados à espera que a

ONI e EDP, com o consentimento da ANACOM, avancem com este

projecto monstruoso e absurdo, para que a ONI e a EDP

enriqueçam ainda mais à custa da nossa desgraça?

NÃO, TEMOS QUE PROTESTAR ! Mandem e-mails para a

ANACOM, para o governo, para a assembleia da república, etc...

E NÃO QUEIRAM O POWERLINE NAS VOSSAS CASAS.

DIGA NÃO AO POWERLINE!

Eng. Augusto Albuquerque

Divulguem este texto o mais possível

Pequeno tratado do decrescimento sereno...


Para meditar. Às vezes esquecemos...










Se achas que tens um salário baixo...

Se achas que não tens muitos amigos...

Se pensas em desistir...

Se pensas que sofres na vida...

Se reclamas dos transportes e vias de acesso...

Se achas que a sociedade é injusta para ti...


















Carta ao Dr. Jorge Coelho

Caro Dr. Jorge Coelho, como sabe, V. Exa. enviou-me uma carta, com conhecimento para a direcção deste jornal. Aqui fica a minha resposta.

Em 'O Governo e a Mota-Engil' (crónica do sítio do Expresso), eu apontei para um facto que
estava no Orçamento do Estado (OE): a Ascendi, empresa da Mota-Engil, iria receber 587 milhões de euros. Olhando para este pornográfico número, e seguindo o economista Álvaro Santos Pereira, constatei o óbvio: no mínimo, esta transferência de 587 milhões seria escandalosa (este valor representa mais de metade da receita que resultará do aumento do IVA). Eu escrevi este texto às nove da manhã. À tarde, quando o meu texto já circulava pela internet, a Ascendi apontou para um "lapso" do OE: afinal, a empresa só tem direito a 150 milhões, e não a 587 milhões. Durante a tarde, o sítio do Expresso fez uma notícia sobre esse lapso, à qual foi anexada o meu texto. À noite, a SIC falou sobre o assunto. Ora, perante isto, V. Exa. fez uma carta a pedir que eu me retractasse. Mas, meu caro amigo, o lapso não é meu. O lapso é de Teixeira dos Santos e de Sócrates. A sua carta parece que parte do pressuposto de que os 587 milhões saíram da minha pérfida imaginação. Meu caro, quando eu escrevi o texto, o 'lapso' era um 'facto' consagrado no OE. V. Exa. quer explicações? Peça-as ao ministro das Finanças.
Mas não deixo de registar o seguinte: V. Exa. quer que um Zé Ninguém peça desculpas por um erro cometido pelos dois homens mais poderosos do país. Isto até parece brincadeirinha.
Depois, V. Exa. não gostou de ler este meu desejo utópico: "quando é que Jorge Coelho e a Mota-Engil desaparecem do centro da nossa vida política?". A isto, V. Exa. respondeu com um excelso "servi a Causa Pública durante mais de 20 anos". Bravo. Mas eu também sirvo a causa pública. Além de registar os "lapsos" de 500 milhões, o meu serviço à causa pública passa por dizer aquilo que penso e sinto. E, neste momento, estou farto das PPP de betão, estou farto das estradas que ninguém usa, e estou farto das construtoras que fizeram esse mar de betão e alcatrão. No fundo, eu estou farto do actual modelo económico assente numa espécie de new deal entre políticos e as construtoras. Porque este modelo fez muito mal a Portugal, meu caro Jorge Coelho. O modelo económico que enriqueceu a sua empresa é o modelo económico que empobreceu Portugal. Não, não comece a abanar a cabeça, porque eu não estou a falar em teorias da conspiração. Não estou a dizer que Sócrates governou com o objectivo de enriquecer as construtoras. Nunca lhe faria esse favor, meu caro. Estou apenas a dizer que esse modelo foi uma escolha política desastrosa para o país. A culpa não é sua, mas sim dos partidos, sobretudo do PS. Mas, se não se importa, eu tenho o direito a estar farto de ver os construtores no centro da vida colectiva do meu país. Foi este excesso de construção que arruinou Portugal, foi este excesso de investimento em bens não-transaccionáveis que destruiu o meu futuro próximo. No dia em que V. Exa. inventar a obra pública exportável, venho aqui retractar-me com uma simples frase: "eu estava errado, o dr. Jorge Coelho é um visionário e as construtoras civis devem ser o Alfa e o Ómega da nossa economia". Até lá, se não se importa, tenho direito a estar farto deste new deal entre políticos e construtores.